sexta-feira, 25 de março de 2011

O QUARTETO ESCULHAMBÁSTICO

Sei que, a esta altura do campeonato, qualquer comentário sarcástico e debochado, mesmo que fundamentado, sobre os quatro finalistas desta edição do BBB, pode soar como “chororô”. Ou “mimimi”, para os acéfalos que não têm nem a capacidade primária de interpretar um texto. Mas, mesmo assim, vou correr esse risco. Hahahahah.

Pois bem. Contrariando algumas celebridades, sub-celebridades e pseudo-celebridades, devo admitir que esta final representa bem a chatice que foi esta edição. A audiência caiu, em relação às edições passadas... A quantidade de votos, também. Um exemplo disso foram os míseros 42 milhões de votos no último paredão, o mais decisivo do BBB11.

Mais decisivo sim, pois o antagonismo do programa parece ter sido eliminado junto com o Rodrigão, último remanescente do “outro grupo”. Agora, sobra um quarteto de “amiguinhos”... Pelo menos, para quem enxerga o jogo de maneira superficial e, desde o primeiro dia, coloca etiquetinhas em grupinhos (grupo das mulheres, dos homens, dos coloridos, dos loiros, dos pobres, dos ricos, dos idiotas, dos que já tiveram DST...).

Mas sempre levei mais fé na cumplicidade do trio Diogo, Maurício e Rodrigão. Não estou dizendo que eles eram os herois, os bonzinhos, os “Três Reis Magos” do programa... Mas, dos antagonistas do jogo, ou seja, Daniel, Maria e Diana, eu só confiava mesmo na Maria. Mesmo assim, minha confiança nunca foi lá grande coisa. Por esses dias, minhas desconfianças vêm se tornando “verdades absolutas”, quando vejo uma espécie de “picuinha existencial” entre o trio “DiDaMa”, “DiMaDa”, “DaDiMa”, “DaMaDi”, “MaDaDi”, “MaDiDa” ou “não-sei-o-que-lá”. Coisas que, estranhamente, passavam despercebidas, parecem causar uma irritabilidade anormal.

Diz o Bial que tudo isso é normal, em se tratando de final. Mas o fato é que, mesmo com a extinção do “grupinho do mal”, os finalistas andam com os nervos á flor da pele. Por exemplo, hoje, após Maria vencer a primeira etapa da prova do líder, Daniel não poupou esforços para demonstrar sua irritabilidade, dando a entender que a culpa de sua desistência é de inteira responsabilidade de Maria.

O lance é que eu sempre disse que Daniel e Diana não gostam de ninguém, achando aquele povinho “uó”. Nem o confinamento, a solidão e trezentos paredões foram capazes de fazê-los se sensibilizar e estabelecer laços afetivos. Só pra lembrar, leite condensado no beiço dos outros não é afeto.

Mas, sigo aqui, dando meus pitacos sobre o futuro do jogo, analisando cada participante de forma separada. E fico feliz por não ser como aquelas celebridades, sub-celebridades e pseudo-celebridades que citei no início. Ou seja, posso dizer o que penso, sem ter que me retratar com ninguém. Como é bom ser um anônimo!


DANIEL ROLIM


Um dos francos favoritos ao grande prêmio. Ele é visto como um participante divertido, boa gente e humilde. Caminha sobre as águas na visão do público.

O povo tende a se sensibilizar com os discursos de “filho de Francisco” dele. Além do mais, a edição não pode levar ao ar, em horário nobre, o verdadeiro Daniel: aquele que fala mal de todos, mas, ao mesmo tempo bajula, como fez com o Rodrigão (disse que queria ir à final com ele). Pra que mentir? Que jogo bosta é esse?

Pelos próximos dias, prevejo mais venenos sendo destilados, mais grosserias, mais falsidade e, claro, muito choro, muita oração (pedidos a Papai do Céu Deus para que os demais participantes se f...) e muito sentimentalismo barato.

É disso que o povo gosta. Ou não?


DIANA BALSINI


Nem o pistolão da moça vai garantir sua vitória. Ela periga ser a última eliminada do programa. O engraçado é que essa visível rejeição não fez nem cosquinha nos outros paredões. O povo é meio louco, né?

Como insinuei, vejo algumas pessoas famosas enaltecendo a figura de Diana. Autêntica, corajosa, inteligente... Não, ela não é assim, não. Autenticidade de fingir amizade em busca de aliança? Coragem de pedir desculpas a quem havia votado duas vezes? Inteligência que não a fez perceber que foi manipulada pela "sofrida" Talula, quando foi anjo? Revejo meus conceitos.

Assim como Daniel, Diana não gosta de ninguém, não curte, não admira, não estabeleceu laços afetivos. Ela sobrevive e, em prol dessa sobrevivência, tolera. Aos poucos, deixa a falta de carisma de lado e consegue ir além na antipatia, se comportando de maneira “cri-cri”.

Pelos próximos dias, prevejo muita cara feia, muitas críticas destrutivas, muita prepotência, e sua eliminação, caso não seja líder (se bem que, pela performance dela nas provas deste BBB, teria que ter muita sorte pra ganhar essa).

Pelo menos, não acho que voltará a pedir para seus adversários a deixarem ganhar.

MARIA MELILO



Adorada e idolatrada pelos espelhos da casa, por Bial, Boninho e Cia., Maria tem até uma boa parcela de favoritismo. Dizem que é a estrela da edição. Pervertidos!

Convenhamos... Ela é engraçada, divertida, e tem muita história pra contar. Mas, não sei se, no final, sua popularidade teria toda essa força que aparenta. Com o sucesso do filme “Bruna Surfistinha”, seria até conveniente para a emissora essa vitória. Só falta Maria fazer por onde.

Para isso, precisa seguir o romance com o doutor Wesley, e seguir esse script de “casal fofo”. Mais uma recaída igual à da festa de quarta, e o público não perdoa. Espero que o público, tão crítico, também enxergue os venenos destilados por Daniel sobre ela. Quem sabe, ficaríamos no empate?

Pelos próximos dias, prevejo muita ceninha, muita demonstração de burrice (é bonitinho, gente), muito namoro, seguido de cara de desgosto, muita desculpa para não ganhar uns “grudes” do doutor, e aquele olhar ingênuo, coitadinho, inocente e desprotegido, que leva qualquer um para o buraco.

Desculpe não ter mencionado nada sobre o fator jogo. Não encontrei palavras.

 WESLEY SCHUNK


Bom moço, respeitador, responsável, “fofo”. Existem características mais convincentes? Minha avó compraria esse discurso sorrindo. O lance é que o médico bonitão, fã de micareta, que quer pegar muita mulher depois do programa, é, hoje, o genro que muita velhinha gostaria de ter.

Educado, sim. Simpático, até demais. Nada preconceituoso, pois faz questão de enfatizar o quanto adora os dois homossexuais da casa (Daniel e Lucival – este último, sem ter conhecido direito). Além do mais, se aliou intensamente á Diana, melhor amiga da moça que ele mesmo havia votado duas vezes (Natália). Um instante... Por que ele tinha motivos pra votar em uma, mas não em outra, já que ambas estavam no mesmo barco? Deixa pra lá.

De qualquer forma, ele entrou no programa na terceira semana e não fez nada (absolutamente nada) de tão ruim assim. Entrou pra ser o "bom moço" da casa. Ok, ele investiu na Maria, mesmo sabendo que ela tinha um rolo; seguiu cercando a moça, mesmo com a chegada do MauMau; se rendeu absurdamente a um namoro com ela, mesmo tendo que apenas queria “se aproveitar” dela... Mas deixa pra lá. Não sejamos tão radicais.

Hoje, ele é criticado por Daniel, que insiste em implicar com ele. É rejeitado tantas vezes pela namoradinha. E tem, aparentemente, como única “amiga”, um iceberg chamado Diana. Sim, pois Maria e Daniel seguem mais juntinhos do que nunca.

Pelos próximos dias, prevejo muitos gestos “fofos” e simpáticos, muita rejeição, muito desprezo, muita forçação de barra para fazer o público acreditar no romance do século, e muitos sorrisos solitários (não sei do que ele ri quando está sozinho).

Vale dizer que a vitória do Wesley seria a cara do BBB11. Wesley não tem graça, foge do jogo (prefere se manter na condição de perseguidinho da galera), e entrou na terceira semana do programa. Ou seja, sua vitória provaria que o elenco desta edição foi sofrível.

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