quinta-feira, 10 de março de 2011

BBB NA VEIA – EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA

Estava eu me curando da ressaca de carnaval, no aconchego da minha cama, quando acordei. Perdi o sono de vez. Já era madrugada, mais precisamente quase cinco da manhã, e a quarta-feira de cinzas já havia saído de cena.

Eu não havia visto Big Brother naquele dia, e decidi navegar na internet por um tempo, antes que o relógio marcasse seis horas. Li algumas notícias... Nem sabia da vitória da Beija-Flor no carnaval (dormi durante a apuração). Tomei uma aspirina e comecei a assistir, pela internet, o BBB ao vivo.

Eis que me deparo com uma cena que me chamou a atenção: a primeira conversa, de veras, entre Maria e Maurício, desde quando ele voltara ao programa. Sim, porque, antes, alguém sempre interrompia, ou Maria se desesperava, e nada parecia claro.

A conversa estava fluindo bem. Deixando de lado o juízo valor sobre discursos certos e errados, Maria parecia a mesma Maria das duas primeiras semanas. Aquela que eu cheguei a apontar como uma das favoritas. Maurício, ainda na defensiva, batia nessa mesma tecla. Nossa... Como Maria parecia mais ajuizada: até banho ela tomou antes de dormir.

Não parecia aquela Maria que algumas pessoas da casa pintaram: uma “porraloca” inconseqüente, com um cigarro entre os dedos, cabelo desarrumado e palavras de baixo calão a mil por hora. Uma Maria que simulava e exalava sexo deliberadamente, beirando ou extrapolando o ridículo, para o deleite de alguns “amigos”.

Pelo que eu soube, essa festa teve uma personagem desse porte: Jaqueline, sabendo da vitória de sua escola de samba favorita, bebeu como nunca, e protagonizou cenas picantes com Rodrigão, e esdrúxulas com Daniel (a ponto de ele enfiar a cabeça por baixo do vestido da moça – e ele não estava bêbado, hein).

Mas, voltando à Maria... Ela estava se entendendo com Maurício. Não, talvez, no sentido de relacionamento amoroso, mas eles estavam “trocando ideia” com maturidade. Até Maria confessar o inconfessável. Ela decidiu revelar que votara nele no último paredão.

Pausa. Por que Maria fez isso? Por que ela votou naquela pessoa que ela insiste em se rebaixar em troca de atenção? Ele não é importante pra ela (embora a recíproca não seja verdadeira)? Para proteger Paulinha? Por quê? Que tipo de carinho é esse? Maria já havia ameaçado votar em Paulinha só por ela ter cogitado imunizar sua opção de voto. E Diana? Por que protegê-la?

Diana foi uma das pessoas a instigar Maria a se envolver com Wesley na semana em que ele chegou. Diana foi uma das pessoas que fez Maria ter ódio mortal de Adriana por ciúmes, através de uma fofoca mal contada. Diana continua instigando Maria a ficar com Wesley, e não parece se preocupar se Maria pode se queimar por isso. Instiga, inclusive, um triângulo amoroso. “Mui amiga”!

Maurício se decepcionou, mas seguiu dizendo respeitar a escolha dela, mas Maria seguia no papel inadmissível em um reality: prometer não votar na pessoa outra vez. Tadinha... Quando a conversa esfriou, ele se despediu e foi dormir. Maria foi logo atrás.

Mas decidi ver a repercussão dessa conversa e me arrependi amargamente. No site UOL, uma matéria tendenciosa fez questão de enaltecer que Maurício fez Maria chorar e que a chamara de vulgar, entre outras coisas.

Via twitter, o texto batido é: Maurício é arrogante e não está com Maria porque sabe que ela foi Garota de Programa. Tipo aquela discussão do BBB10: Dourado é ou não homofóbico?

E é isso: as pessoas julgam as escolhas, os falsos moralistas abraçam a hipocrisia e os alienados só vêem o que querem ver. E o mundo continua assim.

Não tenho nada com a vida de Maria, de Maurício, sobre suas escolhas. Se Maurício não quer nada com Maria pelo que ela foi, é problema dele, se ele está balançado pela aparição de sua ex (quando ele estava fora da casa), problema dele, também. Agressão, insultos ou qualquer tipo de incitação á violência, seriam outra história.

Sobre as atitudes vulgares (sim) de Maria, Jaqueline, Diana, Daniel ou Paulinha... Não tenho nada a ver com isso. Opino... Ora acho graça, ora me assusto... Mas não é muito minha praia, não faz meu estilo. Não deixo de enxergar tamanha apelação desnecessária.

O lance é que, culturalmente, ou até legalmente, os atos são mais criminalizados que as opiniões, e toda ação gera uma reação. Maria, no caso, foi insana várias vezes e não se levou tanto a sério (na qualidade de alguém que queria reconquistar uma pessoa). Mas, repito: não tenho nada a ver com isso.

Agora, me colocando no lugar de cada um, posso emitir meu juízo de valor, sem informações tendenciosas, fantasiosas ou levianas. Simplesmente, consigo separar o joio do trigo, e ver erros e acertos em todos.

Para os falsos moralistas, que se acham donos da verdade, eu dou a minha verdade: não existe a plena verdade ou a plena mentira, todos nós somos portadores de defeitos e virtudes, emissores de erros e acertos.

Maurício pode ser arrogante, pretensioso ou algo do tipo. Mas não pude deixar de enxergar coerência em suas palavras nessa discussão. Isso, me despindo de qualquer hipocrisia, ou qualquer título de preferência.

Mas também consegui ver verdades em Maria. Será que sou confuso? Não, sou apenas humano.

2 comentários:

  1. Você não é confuso...rsrsrs.
    O que o pessoal não sabe é que não estamos aqui para julgar a vida amorosa de Maria e MauMau e sim os jogadores Maria e MauMau.
    E nisso MauMau perde.

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