quarta-feira, 23 de março de 2011

JOGOS BOÇAIS XI - EPISÓDIO 10

"Lembranças dos Jogos Boçais" - Turma 2011
Penúltimo episódio da temporada. Geralmente, os penúltimos episódios são decisivos – talvez, até mais decisivos que o episódio final. Não é o caso desta temporada.

Na verdade, com a eliminação de Maudício e Jaquelinda, o jogo se resumiu a duas equipes (uma com quatro integrantes, e outra com um único sobrevivente) e Paulada. Pra falar a verdade, a moça mantinha a sua linha, de puxar o saco de todos ao redor, em meio às técnicas nazistas de tortura, utilizadas por Biana.

Biana nunca gostou de Paulada. Mas, jogando com números, percebeu que ela seria uma boa aliada. Um voto a mais, ou um voto a menos, faria diferença. Mesmo perdida, a doce Paulada jamais destilou venenos anti-Biana, embora a recíproca não fosse verdadeira.

Naquela altura, Bonisaw, personalizado através do boneco Bially, já manifestava preferências a determinados participantes. Sim, pois Bonisaw buscava a audiência perdida. Nessa epopeia, o seriado já estava mais levado para o gênero comédia, preferencialmente, com toques de humor negro. Assim sendo, Dandoel e Vemaria eram os protagonistas.     

Porém, Bonisaw, para cumprir seu protocolo, investe na última prova de resistência. Claramente, sabia que seus preferidos, nada competitivos, não venceriam essa prova. A “salvação da lavoura” do seu plano, Urinésley, foi o segundo a desistir. Podrigão ganha a prova, após 10 horas. Em segundo, Paulada.

Um adendo... O “critério força”, tão exaltado nas estratégias de votos em reality, deu as caras mais uma vez, mas, para confirmar minha tese, de que “Jogos Boçais” não é “American Gladiators”, Paulada se deu mal.

O telefone tocou, Vemaria atendeu e colocou Paulada no paredão. Não importa com quem ela fosse, ela sairia. O líder Podrigão indicou Biana e a casa indicou Urinésley (sim, Vemaria votou nele, e mandou o doutor mais uma vez ao paredão). Paulada começou a agonizar antes da eliminação. O roteiro de “menina sonhadora” foi forçado quando já não valia mais nada.

Novamente pra cumprir o protocolo, Bonisaw investiu em uma prova de perguntas e respostas para nomear o novo líder. Mais uma vez, seus preferidos iriam passar batidos (mas eles são bons em quê, afinal?). Podrigão e Urinésley disputavam, com uma leve vantagem de Podrigão (mais observador). Porém, seria trágico para o programa se ele fosse o líder. Sim, os "três escolhidos" iriam para o paredão.

Bonisaw, tirano, acima do bem e do mal, decidiu intervir e mostrou ser o grande “sabotador” do jogo. Viciou os circuitos eletrônicos da prova, e deu o título ao Urinésley que, pra provar que é um “fofo”, poupou a amada do sacrifício.

Paredão épico: Podrigão, Biana e Dandoel. Se nem os excessos de Dandoel são capazes de desmerecê-lo como milionário, ficou difícil. A disputa se deu entre Podrigão e Biana e, como o critério do público nesta temporada se baseia em “torcer pra Fulano sair”, Podrigão foi o escolhido, e saiu.

Bially ainda foi enfático ao dizer, ao rapaz, que seus aliados haviam sido eliminados. Ou seja, sua eliminação parecia previsível. Esse boneco não tem jeito. Queria que o cara fizesse que nem a Biana que, quando perdeu os aliados, correu pra outra turminha, mendigando atenção? E mais: implorando aliança até de Paulada, a vaselina do programa? Talvez, seria uma boa estratégia. Filme de terror é assim mesmo: sangue, suor e gritaria. Ninguém mandou o galã da temporada ser tão inexpressivo.

E, assim, encaminhamos para o episódio final. Imprevisível, eu diria, mas também meio apático. Não existem mais antagonistas, grupo A ou B. Existe agora um grupo único, unido pela conveniência, que finge se respeitar e se gostar.

Não sei se Bonisaw está feliz. Talvez, sim, pois seu roteiro está sendo seguido à risca. Porém, ele não deve estar muito contente, sabendo que seu roteiro, de fato, é uma porcaria.

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