segunda-feira, 2 de maio de 2011

CAMPEONATO CARIOCA 2011

O time do Flamengo posa para a foto oficial do título.
Flamengo e Vasco decidiram ontem, dia 1º de maio, a Taça Rio 2011. Se o time rubro-negro ganhasse, ele faturaria, de quebra, o Campeonato Estadual, não precisando encarar os cruzmaltinos nos dois próximos domingos.

Pois bem. Teoricamente, o confronto seria de um time que sempre fez o dever de casa durante o campeonato, contra um que decidiu “se converter” já no meio do campeonato, após um começo de temporada sofrível. Resumindo, seria um jogo sem favorito, bem disputado, interessante e... Não, acho que não.

O Estadual deste ano não foi assim uma Brastemp. Muita promessa, muita expectativa, muita sustentação de ego. Sim... Teríamos o Fluminense, atual campeão brasileiro, o Botafogo disputando o bicampeonato estadual, o Flamengo da grande contratação do ano, Ronaldinho Gaúcho, e o Vasco, que... Ah, que foi Campeão Sul-americano de Clubes em 1948.

Além disso, ainda teríamos os tradicionais “chatos”, ou seja, aqueles times que nunca ganharão nenhum campeonato, mas insistem em atrapalhar a vida de um dos favoritos, muito embora, estranhamente, “abra as pernas” para outro favorito.

Mas, pra variar, o Campeonato deixou a desejar. No Flamengo, Thiago Neves se mostrou mais Ronaldinho que o Ronaldinho. No Fluminense, o foco parecia ser a Taça Libertadores, outra competição que o tricolor se rastejava pra não fracassar. O Botafogo não parecia muito disposto a faturar o bi e, inclusive, colocou o treinador campeão, Joel Santana, para correr, enquanto, aos poucos, parecia preparar um trono, uma coroa e um cetro para o uruguaio “Loco” Abreu. O Vasco já parecia estar em outra... Outra bosta, perdendo jogo após jogo, batendo recordes negativos e perigando ser rebaixado, pela primeira vez (em um Estadual).

O caminho estava livre para o time da Gávea e, sem muitos esforços, ele correspondeu as expectativas. Imagino a felicidade do Ronaldinho Dentucho, depois do fiasco milanês... Agora, ele está numa cidade tão festeira, com espécimes tão exuberantes, e, mesmo não jogando lá grande coisa em um time razoável, não precisa disputar com os dentes sua vaga de titular, consegue manter seu status de ídolo absoluto e, de quebra, faturar títulos.

Assim foi na Taça Guanabara. Ah, e foi na semifinal com o Botafogo a primeira decisão por pênaltis dos futuros campeões. Na finalíssima da Taça Guanabara, Flamengo pegou o “chato” do primeiro turno, ou seja, o Boavista. Ronaldinho fez o gol do título e, se já era considerado o Deus da Gávea mesmo se passasse os jogos sentado no gramado, imagine o que recebeu de moral por esse feito.

Veio a Taça Rio, e o Botafogo já jogou a toalha, enquanto o Fluminense decidiu focar (agora de verdade) na Taça Libertadores. O Vasco decidiu mudar por completo e demonstrou sinais de recuperação. Nas semifinais, pegou o “chato” do segundo turno, ou seja, o Olaria. Foi um sofrido um a zero, mas deu pra passar.

Na outra semifinal, novamente, o Flamengo decidiu nos pênaltis, desta vez contra o Fluminense. E novamente ganhou. Na final, contra um outro Vasco, de treinador, time e moral renovados, nada foi feito. Sei que o novo Vasco é bem melhor que o time que começou o campeonato se escorando pra não cair de vez, mas ainda não me convence. E não me convenceu. Tirando alguns momentos de ambos os times, a final da Taça Rio foi chata. Digna de 0 a 0. E foi 0 a 0.

Oh, quem será que venceria essa disputa? Os experientes batedores rubro-negros, que, até então, só conseguiram despachar seus maiores adversários na base da loteria, ou os assustados vascaínos, que ainda não acreditavam que estavam, enfim, disputando um título? Bingo!

O Vasco perdeu três pênaltis. Três chutes pra fora. Ou seja, além dessa camaradagem de entregar o título ao Flamengo, ainda pouparam o goleiro Felipe de um esforço desnecessário. Desnecessário, sim, pois, mesmo que o Vasco faturasse a Taça Rio nos pênaltis, acredito fielmente que o Flamengo venceria o Estadual dois domingos depois... Nos pênaltis.

Não deixo de parabenizar o Flamengo, que soube jogar, principalmente, fora de campo. Politicamente, a presidente Patrícia Amorim desfila como se fosse a companheira de ataque de Ronaldinho, aparecendo mais que alguns jogadores. Na parte técnica, Luxemburgo traz a pompa certa que um time vitorioso deve ter, mesmo não sendo lá essas coisas. Por exemplo, a bola da vez é treinar cobranças de pênaltis, que também seriam imprescindíveis para a Copa do Brasil. Acredito que os caras têm treinado tanto isso, que já estão torcendo para mais uma disputa dessas.

Sorte deles que os campeonatos oficiais de futebol não são como o campeonato da minha cidade natal, Perueba do Sul. Naquele simplório campeonato, não existem disputas de pênalti: se os times empatam, a partida pode durar dias, até o bendito gol decisivo sair. Dizem por aí que o Campeonato Sul-Peruebense de 1986 ainda não terminou.

O CASAMENTO REAL

O beijo apaixonante do casal real.


Mas é claro que não poderei deixar passar em branco o tal casamento real... Não se falou em outra coisa na semana passada.  

Assisti à cerimônia pela TV, pois não fui convidado para a mesma (rompi as relações com a nobreza britânica, por motivos pessoais). Assisti do início ao fim, mas não chorei, apenas para não quebrar o protocolo – o protocolo de machão, atribuído pela sociedade careta e cavernosa (gente insensível!).

Mesmo sendo um exímio admirador da Monarquia, com seus palácios, carruagens, espadachins e bruxas, ainda me espanto com tanta formalidade. Eu me pergunto se eles fazem coisas como nós, meros mortais... Por exemplo, não consigo imaginar a rainha fazendo cocô, em seu troninho real.

Quando o Príncipe Harry, irmão do noivo, foi visto por aí enfiando o pé na jaca, pensei que algumas coisas mudariam por lá. Pelo menos, haveria algumas garrafas a menos na adega real. Mas, não, eles continuam “caretissimos”.

Sim, eles estão condenados a seguir aquela tradição pela vida inteira. Por exemplo, a nova integrante da família real, Lady Kate, não poderá exercer nenhuma profissão, não poderá andar de cabelos soltos, deverá andar dois passos atrás do marido, sem contar uma lista de formalidades que devem regulamentar até o que se faz entre quatro paredes, tipo: “Não poderá gozar antes do marido”.

Mudando de assunto, imagino a adrenalina que deve ser o Curso de História da Arte, que eles fizeram na Universidade. Pena que o príncipe William desistiu desse curso (por que desistir de um curso tão maneiro?), e se formou em Geografia. Acredito que ele tenha se interessado pelo ramo da Geografia que estuda a Geografia do Palácio de Buckingham, onde alguns cômodos permanecem desconhecidos até pela Rainha.

Enfim, comenta-se que Catherine, a Duquesa de Cambridge, trará novos ares para a fria família real, e, de quebra, impulsionará a economia britânica, contribuindo para a geração de milhares de empregos nos ramos tabloidísticos e paparazzísticos.
                                                                                                 

domingo, 1 de maio de 2011

Engenheiros do Hawaii - Números

 

NÚMEROS
(Humberto Gessinger) 

Última edição do Guiness Book
Corações a mais de mil
E eu, com esses números?
Cinco extinções em massa
Quatrocentas humanidades
E eu, com esses números?
Solidão a dois, 
Dívida externa, anos-luz
Aos trinta e três, Jesus na cruz
Cabral no mar aos trinta e três
E eu, o que faço com esses números?
Eu, o que faço com esses números?

A medida de amar é amar sem medida
Velocidade máxima permitida
A medida de amar é amar sem medida

Nascimento e Silva, Cento e Sete
Corrientes, Tres Cuatro Ocho
E eu, com esses números?
Traço de audiência
Tração nas quatro rodas
E eu, o que faço com esses números?
Sete vidas, mais de mil destinos
Todos foram tão cretinos
Quando elas se beijaram

A medida de amar é amar sem medida
Preparar pra decolar, contagem regressiva
A medida de amar é amar sem medida

Mega, ultra, 
Hiper, micro, baixas calorias 
Kilowatts, Gigabytes
E eu, o que faço com esses números?
Eu, o que faço com esses números?

A medida de amar é amar sem medida
A medida de amar é amar sem medida
Velocidade máxima permitida 
A medida de amar é amar sem medida

sexta-feira, 15 de abril de 2011

COMUNICADO

Olá, crianças. Estou escrevendo este post com o intuito de justificar a minha ausência. Estive fora alguns dias, resolvendo algumas pendengas particulares: passando, cozinhando, varrendo...

Creio que, daqui pra frente, não vou poder escrever com tanta intensidade, pois tenho em mãos uma nova proposta de trabalho e, se tudo der certo, eu me ausentarei mais vezes. Sim, pois minha nova função requer essa ausência. Se tudo der certo, passarei metade do mês na Terra e metade do mês viajando pelo espaço. Sei que não existiria empecilho para eu acessar a internet do espaço, mas a ausência de gravidade me deixa bem mais lerdo do que eu sou, dificultando meu raciocínio e capacidade de escrita. Pouparei os leitores deste Blog desta experiência catastrófica.

Por fim, agradeço a compreensão e, para todos que gostam de mim, devo dizer que estou feliz. Viajar pelo espaço é muito bom... O problema é que, quando o ônibus espacial enguiça, não há a possibilidade de descermos para empurrá-lo, e devemos permanecer no ônibus enguiçado até outro chegar (imagine o tempo de espera). Fora isso, a experiência é adorável.

A gente se lê por aqui. Obrigado e abraços do Seu João.

sábado, 9 de abril de 2011

ÍNDICE REMISSIVO

- Postagens Diversas:
21/12/10 - BLOG-SE
28/12/10 - TRADUÇÃO DO DIA
30/12/10 - QUE VENHA 2011!
01/01/11 - A PRIMEIRA FAROFADA DO ANO
04/01/11 - QUANDO A PALHAÇADA NÃO TEM GRAÇA
08/01/11 - RONALDINHO PÃO E CIRCO
18/01/11 - SOLIDARIEDADE É TENDÊNCIA
22/01/11 - HOMOFOBIA X HOMOCRACIA
25/01/11 - PENÉLOPE PENOSA
29/01/11 - E VIVA A INTERNET!
05/02/11 - RONALDUCHO FOFÔMENO
08/02/11 - CARNAVAL DE LUTO
12/02/11 - E AÍ, A CULPA É DE QUEM?
15/02/11 - O BAILE DE MÁSCARAS
14/03/11 - MEU PONTO DE VISTA
24/03/11 - FALANDO SÉRIO
02/04/11 - INTOLERUS BRASILIS



- Realities Posts:


*A Fazenda 3
22/12/10 - DE FRENTE AO ESPELHO
24/12/10 - A SAFAZENDA 3 - PARTE 1
24/12/10 - A SAFAZENDA 3 - PARTE 2
27/12/10 - PAPO QUE RENDE...
29/12/10 - DICAS LITERÁRIAS
03/01/11 - A SAGA JACOBINIANA
05/01/11 - O MARTÍRIO DE JUDINHAS


* Big Brother Brasil 11 (Diversos)
10/01/11 - ...E VAMOS AO JOGO
17/01/11 - PAREDÃO NELES!!!!
21/01/11 - SABOTADOR - O SABOR DO TRAIDOR
24/01/11 - BIG BOSTA BRASIL
07/02/11 - A VERDADE NÃO SE CONTA (It's a Miserable Life)
14/02/11 - A GUERRA DOS SEXOS - PARTE 1
14/02/11 - A GUERRA DOS SEXOS - PARTE 2
21/02/11 - APRENDI COM O BBB11
25/02/11 - FALANDO GREGO
28/02/11 - OS FAMIGERADOS TRÊS PATETAS
04/03/11 - DOSSIÊ DANIEL – INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
07/03/11 - MAIS UMA ANÁLISE ATUALIZADA - PARTE 1
07/03/11 - MAIS UMA ANÁLISE ATUALIZADA - PARTE 2
10/03/11 - BBB NA VEIA – EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA
11/03/11 - CARTA PARA LADY DI
12/03/11 - BBB NA VEIA – EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA
13/03/11 - RESPONDENDO ÀS MENSAGENS
14/03/11 - LIGA BBB DA INJUSTIÇA
14/03/11 - BBB11 - MEU PARECER SOBRE MAURÍCIO
20/03/11 - BRINCADEIRA DE CRIANÇA...
21/03/11 - O LÍDER DA SEMANA É... BONINHO
24/03/11 - QUANDO A OPINIÃO VIRA INSULTO (BBB11)
25/03/11 - O QUARTETO ESCULHAMBÁSTICO
26/03/11 - O MÁGICO DE BOSS
27/03/11 - É AGORA QUE EU DIGO: EU AVISEI?
28/03/11 - ATÉ QUE ENFIM!
30/03/11 - FINAL FELIZ
31/03/11 - QUE COISA FEIA, HEIN...

* Big Brother Brasil 11 (X-Merda Origens)
28/01/11 - X-MERDA ORIGENS: DIOGO
04/02/11 - X-MERDA ORIGENS: TALULA
11/02/11 - X-MERDA ORIGENS: DIANA
18/02/11 - X-MERDA ORIGENS: RODRIGÃO

* Big Brother Brasil 11 (Jogos Boçais)
12/01/11 - JOGOS BOÇAIS XI
14/01/11 - JOGOS BOÇAIS XI - ELENCO (1ª PARTE)
14/01/11 - JOGOS BOÇAIS XI - ELENCO (2ª PARTE)
19/01/11 - JOGOS BOÇAIS XI - EPISÓDIO 1
26/01/11 - JOGOS BOÇAIS XI - EPISÓDIO 2
02/02/11 - JOGOS BOÇAIS XI - EPISÓDIO 3
09/02/11 - JOGOS BOÇAIS XI - EPISÓDIO 4
16/02/11 - JOGOS BOÇAIS XI - EPISÓDIO 5
23/02/11 - JOGOS BOÇAIS XI - EPISÓDIO 6
02/03/11 - JOGOS BOÇAIS XI - EPISÓDIO 7
09/03/11 - JOGOS BOÇAIS XI - EPISÓDIO 8
16/03/11 - JOGOS BOÇAIS XI - EPISÓDIO 9
23/03/11 - JOGOS BOÇAIS XI - EPISÓDIO 10
30/03/11 - JOGOS BOÇAIS XI - EPISÓDIO 11



- Tenório Garcia Comenta:
15/01/10 - Nº 1
01/02/11 - Nº 2
19/02/11 - Nº 3
26/02/11 - Nº 4
05/03/11 - Nº 5
14/03/11 - Nº 6



- Postagens de Quinta:
23/12/10 - DESCONTO DE NATAL
27/01/11 - MEU TWITTER AGORA É PANCADÃO
10/02/11 - PSICOLOGIA DE BUTECO
17/02/11 - PROBLEMAS COM O PC?
24/02/11 - PARÓDIA DO DIA
03/03/11 - AMIZADE FEMININA X AMIZADE MASCULINA



- Músicas:
02/01/11 - Brian Wilson - Good Vibrations
09/01/11 - Cássia Eller - Smells Like Teens Spirit
16/01/11 - Rádio Cidade FM - Uma Só Voz (1985)
23/01/11 - George Harrison - While My Guitar Gently Weeps
30/01/11 - Detonautas Roque Clube - Mais Uma Vez
06/01/11 - Skank - Sutilmente
13/02/11 - Titãs - AA UU
27/02/11 - Los Hermanos - Cara Estranho
06/03/11 - Tianastácia - Cabrobró
16/03/11 - Nenhum de Nós - Dança do Tempo

sábado, 2 de abril de 2011

INTOLERUS BRASILIS

Vou contar uma novidade para vocês... Eu fui picado pelo Intolerus Brasilis, o mosquito da intolerância. Detesto admitir isso, eu me envergonho, mas, ao mesmo tempo, não posso ignorar.

Mas, o que fez esse mosquito proliferar? Onde diabos está o foco dessas famigeradas pestes? Eu estava numa boa, curtindo meu Blog, rindo de tudo, como um típico brasileiro. Sempre priorizei expor a minha opinião, de uma maneira argumentativa, sem fanatismos, sem excessos, sem alienação.

Sei que ter uma opinião, hoje em dia, é como ter uma doença rara. Argumentar uma opinião para sustentá-la, então, é uma ousadia ultrajante para muitos. Principalmente quando a opinião de quem escreve não é a mesma de quem lê.

Assim, foi. Li alguns Blogs, li alguns comentários no Twitter. Muitos deles, expondo opiniões diferentes das minhas. O que eu fiz? Segui sustentando minha opinião, mas sem confrontá-los. Pra falar a verdade, jamais comentei no Blog de ninguém, nem mesmo para elogiar um texto, o que diria ofender o autor. Mas esse sou eu. Cada pessoa tem sua forma de se satisfazer.

Mas, enfim... Por falar em Twitter, o assunto mais corriqueiro da minha TL é justamente “Reality Show”. Comentar sobre a 11ª edição do Big Brother Brasil até que seria fácil. Primeiro, não tive um participante favorito (e quem fuçar este Blog tirará essa conclusão). Depois, o programa já foi piada pronta: provas que não davam certo, participantes que não convenceram, audiência caindo...

Obviamente, existem e sempre vão existir os torcedores fanáticos, ou seja, aqueles que se apaixonam pelo produto por causa da embalagem. Esses são estranhos... Com dois dias de programa, já elegeram seus favoritos, pela forma física, pelo estilo, pela região do país, pelo time de futebol, enfim, por qualquer assunto que poderia ser irrelevante, em se tratando de um jogo sobre relacionamento humano (a não ser que a pessoa, de fato, priorize a aparência nos seus relacionamentos).

E fui logo percebendo esse fanatismo ganhar forma. Enquanto eu continuava com ironias sobre o programa, ai de mim se questionasse a postura de algum participante que estivesse nos braços do povo... Eu estaria pisando em campo minado.

Mas quem disse que eu conseguia me calar? Logo de cara, achei excessiva a manifestação de tantas pessoas sobre a participante Ariadna. Algumas justificativas para a sua saída (via twitter, ou comentários em Blogs) eram dotadas do mais ardil e doentio preconceito. Até hoje, o rótulo de “transexual” é distorcido, ironizado e rechaçado por muitos.

Não curto muito esse tipo de humor. Sabe, essa linha de humor que muitos comediantes contemporâneos insistem em seguir não me atrai. Apontar o dedo para os outros e rir não me parece muito divertido. Pelo menos, minha mãe sempre me ensinou a não zombar de ninguém.

Comecei a me manifestar sobre isso. Poderia ficar calado, mas, como vejo a internet como um meio onde eu possa manifestar a minha opinião, o meu silêncio poderia soar como concordância. Não! Definitivamente, eu já estava escrevendo sobre o programa, e não poderia ignorar mais nada sobre o mesmo.

Por incrível que pareça, o primeiro massacre moral que eu descobri na internet começou de maneira tímida, e versava sobre o fato de Maria ter ou não ter feito vídeos eróticos. Depois, segundo informação de Ariadna, veio o boato de que Maria havia sido garota de programa. Como era de se esperar, aquilo virou, estupidamente, motivo de chacota.

Ao mesmo tempo, essa informação causou uma reação doentia de muitos fãs da moça, que passaram a diagnosticar como preconceituosa qualquer crítica sobre a participante Maria. Por exemplo, se alguém questionasse a jogadora Maria, cairia numa armadilha, e seria fatalmente apedrejado e rotulado de preconceituoso.

Da mesma forma, se você questionasse a postura de Daniel ou Diana, você seria considerado homofóbico e, mesmo que você escrevesse um texto gigantesco argumentando sua opinião, os fanáticos já teriam o diagnóstico pronto.

Também nunca achei graça em piadas que versassem sobre a orientação sexual dos outros. Sei a diferença de brincadeira para insulto. Nesse território, eu não piso. Não é problema meu. Talvez, eu seja careta demais. E esse foi o meu problema.

Quando percebi o pior linchamento moral desta edição do BBB (e não me refiro ao Diogo, que andou falando demais, foi criticado, eliminado, mas esquecido), mais uma vez, me manifestei. Mesmo apontando os defeitos de Maurício, e analisando-o de forma imparcial, houve quem me chamasse apenas de “torcedor fanático”.

Mas, continuei expondo minha opinião. E é interessante quando você argumenta algo e, aqueles que não pensam da mesma forma, rebatem sua opinião sem argumentos plausíveis. Você sente seu ego inflar, e dá vontade de falar mais.

No texto intitulado “Final Feliz”, fiz questão de parabenizar Maria pela vitória e decidi encerrar o assunto BBB11. Mas, no dia seguinte, não consegui me calar,diante das repercussões pós-BBB, onde não só a torcida fanática, mas também alguns participantes passaram a sustentar o script de vilania do Maurício, com argumentos pífios, que poderiam diagnosticá-lo como mau jogador, imaturo, burro, ou algo assim, mas nunca como mau caráter.

Aí é que está... Meu conceito de caráter é outro. Assim como meu conceito de respeito, de amizade... Pra mim, ser mau caráter é coisa muito séria. Uma escória. Uma pessoa indigna. E não conheço ninguém deste BBB tão bem a ponto de emitir esse parecer. Mas, lembrem-se: essa é a minha opinião.

E a corte se diverte. Pessoas entram no Blog para aparecer mais que o autor, emitindo pareceres falhos e, sob o pretexto de serem “defensores do bem”, ofendem e, mais ainda, se irritam quando têm seus comentários removidos. E pregam a liberdade de expressão, condenando a minha liberdade de expressão. Devo levar a sério?

Pessoas que não gostam de ler o que escrevo, pois sabem que não será do seu agrado e, cada texto argumentativo publicado neste Blog já tem um veredicto: chororô, blábláblá, hipocrisia e preconceito. Mas não me sinto à vontade com isso.

Não sei... Pessoas que não conhecem nada sobre mim, não leram os gigantescos textos... Sim, pois, se lessem, perceberiam que o passado, a profissão, a religião, o sexo e as preferências não me servem de amparo para meus argumentos. Há quem diga que colhi o que plantei – pessoas que também não estão a par do ocorrido. Fanatismo é triste. Ignorância é lamentável.

Se ofendi alguém, não foi a minha intenção. E desafio alguém a apresentar algo nesse sentido que escrevi, que me retratarei com o maior prazer.  Vamos lá, estou aberto a sugestões. Não estou falando de “nobreza”, torcedores fanáticos, falo de hombridade.

Com o ambiente propício, o Intolerus Brasilis fez a festa. Graças a Deus, fui contaminado apenas pela Intolerância Tipo A, aquela que faz a gente discordar de discursos prontos, provocações e ofensas. A pior Intolerância, Tipo C, faz a gente, inconscientemente, discordar até de nós mesmos, a ponto de acharmos que a suprema felicidade está no ato de provocar ou contrariar os outros.

Mas, passada a fase de dores de cabeça e a vontade de reagir com o mesmo ímpeto (o que me tornaria vulnerável para ser contaminado pela Intolerância Tipo C), procurei um médico, que me receitou fortes doses de bom senso.

PS.: Mais uma vez, bloqueio os comentários desse post, ao menos, até que essa epidemia de "Intolerância Tipo C" seja sanada. Obrigado pela compreensão.

quinta-feira, 31 de março de 2011

QUE COISA FEIA, HEIN...

Eu havia decidido não escrever mais nada sobre a 11ª edição do Big Brother Brasil. Decidi, mesmo. Escrevi o texto “Final Feliz”,  o último episódio de “Jogos Boçais” (pra cumprir o protocolo), coloquei a viola no saco e fui tocando em frente.

Mas veio o dia seguinte, e o tradicional “enterro dos ossos”. Para muitos, a vontade desesperada de sustentar suas teses, por mais fantasiosas que fossem. Há quem queira aparecer sobre as rebarbas do programa, há quem insista em se justificar, como se valesse alguma coisa.

Portanto, como meu Blog não se resume a BBB, me vejo na incumbência de publicar esse texto, sobre o lamentável desfecho do programa. Torcedores apaixonados, advogados em causa própria ou pessoas alienadas não deveriam ler esse texto. Vamos lá...

Logo na primeira entrevista coletiva pós BBB, doutor Wesley se mostrou assustado ao saber do passado da namorada. Normal... Não encaro isso como preconceito, pois sei que a notícia é difícil de ser digerida. Eu disse difícil. Não impede que o cara aceite sua namorada, após pensar bem no assunto. Mas não sou tão hipócrita a ponto de dizer que esse processo de aceitação é um processo fácil. Pelo menos, para mim.

Obviamente, quando você está realmente apaixonado, pouco importa o passado da pessoa amada, mas, mesmo assim, saber que a namorada fez vídeos pornográficos, ou que, supostamente, havia sido garota de programa (e ainda insiste em negar alienadamente qualquer informação nesse sentido), não é algo tão simples. Uma vez, na casa, Mauricio perguntou se os homens da casa namorariam uma ex-garota de programa. Wesley foi o primeiro a se manifestar negativamente.

Mas, a entrevista acabou. Wesley até havia deixado claro não estar apaixonado pela moça. Ok, eles apenas “ficaram”. Após a entrevista, eles se dirigiriam à tradicional festa de encerramento do programa. Mas, para a surpresa de muitos, Daniel e Maria chegaram sem o terceiro finalista. Onde ele estava?

Relatos diziam que o doutor havia decidido ficar no hotel com a família. Eu esperaria essa atitude da Diana (simpatia em pessoa), ou até do Daniel, frustrado pelo terceiro lugar. De Wesley, não. O cara parecia adorar estar vivendo aquilo tudo, e não perderia esse momento tão marcante (e simbólico) para o programa.

Após algumas horas, finalmente, Wesley apareceu na festa e passou a festa juntinho da namorada, segundo contam. Humm... Não sei não. Essa parte do BBB é a pior de todas.
Dizem que o contrato deles com a Globo termina em junho. Até lá, eles recebem da Globo, como se fossem funcionários. Ou seja, o BBB continua, mas longe das câmeras.

O que esperar? Primeiro, Maria e Wesley não dormiram juntos, mas, no dia seguinte, no tradicional chat da “Maratona BBB”, fizeram questão de dizer que eles consumaram o... Putz, que vergonha ter que escrever algo assim. Hahahahah!

Enfim... Na verdade, Maria disse que não havia dado tempo, mas, Wesley, do lado de fora, fez sinal de positivo. Com uma reação exagerada (levantando até do banquinho da entrevista), Maria disse que não foi isso que eles tinham combinado, ou algo assim. Wesley, mais do que nunca, estava no papel de príncipe apaixonado. Esquisito...

Também achei esquisito o comportamento de Maria ao longo da entrevista. Achei forçado. Perdeu um pouco da espontaneidade que a fez campeã. Mais do que isso, para que essa forçação de barra passasse despercebida, usou os mesmos discursos da NetBBB, ou seja, dos torcedores mais fanáticos e parciais: “MauMau me humilhou, me maltratou... Jaqueline foi traíra, pois se juntou ao outro lado...”. A galera aplaude, mas... Acho lamentável.

Natália também adotou essa postura e, para combater sua insignificância no jogo, decidiu dizer a célebre frase: “As ideias de MauMau não correspondem aos fatos.”. Mas hein... Natália, usando discurso pronto. Logo ela, tão inteligente? Na “Maratona BBB”, ela parecia pronta pra guerra, provando ser aquela pessoa mesquinha e antipática que eu acreditava que fosse.

O jogo onde eles foram adversários acabou. Beleza. Não houve difamação, injúria, ou questionamento de caráter: houve rivalidade em um jogo, que é o BBB. Mas, acabou, né? Já deu! Ora bolas...

Mas comecei a perceber alguns detalhes. Primeiro, pela ordem dos chats: Maria seria a última, Wesley o penúltimo e... Mauricio (?), o antepenúltimo. Claro... Vamos pensar na ordem: o canalha, o príncipe e a mocinha. O que poderíamos esperar?

Mais massacre moral. O chat era do Maurício, mas houve a participação de Maria e de Natália. As perguntas selecionadas, tão repetitivas, e tão sem nexo, tinham o intuito de imprensá-lo na parede. Nenhuma mensagem dos fãs foram lidas. Ao entrar na discussão, Maria repetia o mesmo discurso, de que havia sido humilhada e maltratada, e estava profundamente magoada. Maurício dava as mesmas respostas, até o momento em que disse: “Ok, é o que você pensa”.

Mesmo desejando sorte, felicidade, parabenizando, pedindo perdão (caso houvesse, de fato, magoado)... Maurício continuou sendo linchado verbalmente. Afinal, já tínhamos o vilão da história. E parece que a vencedora não estava satisfeita com o prêmio, continuava descontente... Pretendia pisar naquele que ela diz que pisara nela. Palmas para as mulheres! A entrevistadora até perguntou a Maria: “E se ele lhe pedisse dinheiro emprestado?”. Maria só respondeu: “É ruim, hein!”.  U-hu! Superficialidade é tendência...

No fim, Wesley entrou no estúdio, MauMau o recebera, e a entrevistadora ainda havia dito: “Peça permissão a ele pra namorar!”. Maurício levou na esportiva, e a entrevista acabou.

Na mesma noite, via Twitter, MauMau nem tocou em assunto algum referente ao BBB. Mas fez questão em dar RT a uma frase de um fã clube seu: “O meu Fã Clube é dedicado ao @MauMauJoah então não tem porque eu falar mal de outros participantes aqui.”. Bingo!

Enquanto isso, o jogo continua... A heroína segue com o script de casal do ano (agora, depois de tantas orientações, eles estão, oficialmente, namorando... Hahahahah), nega ter feito os já famosos vídeos eróticos (ao mesmo tempo, alguns sites já vão retirando tais vídeos) e continua se dizendo magoada pelo Maurício, o inimigo público nº1. Pela reação apática da moça ao ganhar o prêmio, parece que o dinheiro não era seu objetivo. Pelo conjunto da obra, parece que seu grande objetivo foi aquele que, supostamente, a magoou.

O "Irreality Show" continua, o público sorri e acredita, e o jogo parece não ter terminado nem pra quem ganhou.

Que coisa feia, hein...

quarta-feira, 30 de março de 2011

JOGOS BOÇAIS XI – EPISÓDIO 11


Sem Podrigão e Paulada, restaram quatro sobreviventes, todos com grandes chances de vencer os jogos. Sim, pois, nenhuma demonstração de baixeza, mesquinharia, ódio e falsidade surtiu efeito algum ao longo da temporada e, no episódio final, não seria diferente.

Mas, logo no início do episódio, as coisas começaram a se desenhar. Primeiro, Vemaria teve uma recaída e se lembrou (com ternura) de Maudício, enquanto seu namorado, Urinésley, estava sozinho na parte externa da casa. Depois, ela seguiu o roteiro de Paulada e fez juras de amor a Dandoel, dizendo, inclusive, que torcia para ele vencer.

Ok... Parece que a moça havia jogado a toalha e estava sendo encaminhada ao quarto lugar, não é? Não foi bem assim, não. Nada como um dia após o outro e, talvez, mais uma vez, a bebida virou desculpa para mentiras. De novo?

No dia seguinte, Vemaria passou a investir pesado no namoro com Urinésley, e pareciam estar se preparando para o casório. Mais do que isso, Vemaria mostrou que queria continuar no jogo, sim, e não deixou Dandoel vencer a primeira etapa do desafio final.

Frustrado e, obviamente, com aquele mesmo ar de amargura e ódio (dessa vez, vindo a calhar), Dandoel se abriu com Biana, demonstrando toda a ira que sente por Vemaria. Como era de se esperar, Biana curtiu o ódio alheio, e, como sempre, jogou mais lenha na fogueira.

Mas Dandoel venceu as duas últimas etapas, e se classificou à finalíssima, por antecedência. Vemaria, Urinésley e Biana foram ao paredão final. Com o casal no auge do amor, e Biana no auge da rejeição (seguia com olhares chispantes pelos quatro cantos), não poderia ser diferente: recorde de rejeição no paredão, e Biana é eliminada.

Dandoel, Vemaria e Urinésley chegaram à finalíssima. Dandoel tinha um novo adjetivo: traíra. Vemaria, mais do que nunca, tinha o adjetivo de coitadinha. Já Urinésley... Ele continuava sendo “fofo”.

Ao fim, Bially tentou dizer aos três o quanto Urinésley foi desimportante. Levantou a bola de Vemaria e Dandoel (bela dica para a vida “além-casa”) e fez o público acreditar que os dois levaram a temporada nas costas.
Mas Dandoel ficou em terceiro lugar, para seu ódio mortal. Como parecia, naquele momento, previsível, Vemaria venceu a 11º edição dos Jogos Mortais. Aleluia! Digo, ainda bem que acabou.

PS.: Diz a lenda que, dentre todas as temporadas, este foi o último episódio que menos rendeu audiência. Aliás, a média desta temporada não foi lá essas coisas. Por isso que digo, quando um filme de terror tem muitas seqüências, acaba perdendo a graça. Ou seja, Bonisaw não assusta mais como antigamente. Lero-lero!

FINAL FELIZ

No final, todos ficaram satisfeitos: a corte, o rei e o bobo. Bial teve a incumbência de ser o porta voz da produção e, assim como ela, distorceu qualquer fato, assunto ou argumentos, para defender a 11ª edição do programa.

Pecou. Sim, Bial pecou por polarizar as coisas. Acredito que existam preconceitos. Acredito que exista racismo, homofobia, misoginia. Acredito que exista intolerância, bullying... Mas acredito com lamentação.

Bial foi sábio em dizer que, há dez anos atrás, no BBB11, a polêmica era sobre o voyeurismo. Vou mais além: a polêmica, ainda existente, versa sobre celebridades instantâneas, sobre o que as pessoas são capazes de fazer em busca de popularidade. Mas isso não foi mencionado, não sei por que razão. Mas, voltando ao fato lembrado por Bial, o exibicionismo, de fato, deixou de ser polêmico.

Mas não vejo tanta graça nisso, não. Não comemoro essa vitória. Hoje, com essa “geração webcam”, enquanto os pais dormem, os filhos menores se exibem para um monte de estranhos, pelo simples prazer do exibicionismo. Volta e meia, meninas de 14, 13 anos, se exibem na internet, para um bando de estranhos (entenas, milhares), como numa espécie de cartão de visita para pedófilos, maníacos de todo o gênero. Será que estou polarizando demais as coisas? Ou devo mesmo me orgulhar de termos deixado aquela “caretice” de lado?

Não fui eu quem polarizei. Não gosto de rótulos, não gosto de bandeiras, não gosto de superficialidade. Dizer que esse BBB foi marcado pela misoginia é tão radical quanto qualquer discurso misógino. O curioso é que eu já havia alertado, no meio do programa, para uma espécie de sexismo, provocado, sim, por algumas participantes mulheres que, mesmo sem conhecer os demais participantes, buscava uma final feminina. Se dissermos que existiu machismo no programa, podemos dizer que existiu feminismo, também. Mas, misoginia... Vejamos a distinção:

Machismo: crença de que os homens são superiores às mulheres.

Misoginia: ódio/aversão ás mulheres

A questão crucial do programa não foi a misoginia, o preconceito, a intolerância. Combater os rótulos que os outros criaram (bicha, sapata, puta, mané) com mais rótulos, não é inteligente. É como alguém lhe chamar de “otário” e você revidar com “idiota”. Soa até infantil. O discurso que Fulano não deve ganhar por ser gay, lésbica ou garota de programa é um discurso preconceituoso, mas tão fraco que não convence ninguém (pelo menos, não deveria convencer). Ou seja, são discursos prontos, sem argumentos (e costumo me prender aos argumentos). Mas, óbvio, para Bial Boninho e Cia., bater nessa tecla seria mais interessante. É chover no molhado dizer que preconceito não é bom. Muita gente aplaudiria.

O que quero dizer é que, neste BBB, a grande discussão não foi essa. Falou-se em massacre moral, bullying, infidelidade, irresponsabilidade, atentado ao pudor, apologia às drogas... E grande parte disso tudo não se deu por conta dos “vilões” do BBB11, como muitos (inclusive a produção) rotularam. Muita estupidez que citei foi proferida pelos “heróis” e “protagonistas” do BBB11, e, pasmem, pelo público.

O ódio, a inveja, o apoio à traição, a admiração à promiscuidade, o sadismo, o sexismo, a estupidez... Garanto que Bial, se dissesse isso, iria mexer com muita gente. Inclusive com ele, com o diretor, com a emissora...

No final, foi apenas um jogo. Um programa de TV, em busca da melhor audiência. Uma novelinha diária... Com pessoas, que pareciam ser de verdade, mas eram personagens: não tinham compaixão, afeto, sensibilidade, envolvimento. Eram loucos cegos em busca de fama e poder. Pelo menos, é isso que muitos andam dizendo por aí.

Mesmo assim, parabenizo Maria. Lamento ela ter mudado, lamento ter sido protegida pela edição, que seguia conforme seus discursos, lamento seu cinismo em se fazer de vítima e sua capacidade de colocar até Jesus Cristo na berlinda.

Seu passado ou seu futuro não me interessam. Suas atitudes no jogo, eu questiono. Neste momento, as pessoas exaltam “a primeira mulher bonita a vencer um BBB”. Fazem provocações a MauMau, como se ele estivesse se importando com isso. E, ao fim, polarizam: “Venceu uma mulher que foi rejeitada pelo ex!”. Ponto. Ignoremos o resto!

Polarizando, exagerando, rotulando, disseminando o ódio, justificando erros, se eximindo de qualquer responsabilidade. Ou seja, o público cumpre seu papel, fazendo o que mais gosta de fazer. É ou não é um final feliz?

segunda-feira, 28 de março de 2011

ATÉ QUE ENFIM!

Enfim, até que enfim... Deus é Pai e o tempo é formidável... Ou seja, o BBB11 está acabando. Não, crianças... Não é exagero, não.

Não sou como uma dessas pessoas que vive jogando pedra no programa, mas adora. Tem gente que até ganha grana pra falar mal. Mas eu adoro BBB, sim. Já argumentei em outros carnavais que eu adoro reality show. Um Reality acaba servindo de termômetro para medirmos nosso caráter, nossa sanidade, ou coisas do tipo.

Mas, como eu já acreditava, com dor no coração, esse BBB, de fato, é o BBB do “menos pior”. Sim, pois, analisando com outras edições, os participantes desse ano seriam massacrados e não dariam nem para a saída.

Mas a culpa é nossa. Ah, é mesmo! Sempre acabamos levantando bandeiras que acreditamos ser relevantes, e esquecemos o “jogo de relacionamento” que é o BBB. Por exemplo, dizer que Maria tem que ganhar para acabar com a estigma de que “mulher gostosa” não vence BBB, ou que Daniel deve vencer por ser “engraçado”...

Eu me preocupo quando vejo as pessoas por aí dizendo: “sem essa de amizade, isso é um jogo”. Concordo até a página 2. BBB não é Orkut... Você não entra para “fazer amigos”. Ponto. Mas, a menos que você deixe o coração do lado de fora da casa, não tem como você não se envolver e se sensibilizar com o convívio. Portanto, demonstrações de ingratidão, de trairagem e de falta de compromisso são (ou, pelo menos, deveriam ser) abominadas aqui fora ou lá dentro da casa.

Mas, não. Estamos nos educando, e educando as gerações futuras para ser uma geração de irresponsáveis. Calma, Seu João... Vamos com calma! Mas, parece que o caminho é esse: tudo, hoje em dia, parece ser justificável. No fim, é apenas um jogo.

Alguns aparecem com o rótulo “humanidade” pra justificar o baixo nível e o comportamento degradante. Se isso é ser humano, ponto para meu cachorro. Não me esqueci das demonstrações de inveja, cinismo, baixaria, comportamentos dignos de pena, maldade e egoísmo que alguns participantes deste BBB proporcionaram. Fora a ajuda descarada da edição, que omitiu algumas verdades.



DANIEL

- Pontos Positivos: Carismático e alegre, levou muitas vezes o programa (e o público) no bico, quando nem queria. Rei das festas, desde que foi premiado como o “mais animado”. Tem uma grande jogada de marketing, que é o abrigo de idosos, que administra.

- Pontos Negativos: O aparente “boa gente” foi o que mais falou mal dos outros pelas costas. Primeiro, a edição protegia e criou uma espécie de quadro humorístico (Tricotando com Dalu). Depois, seu lado fofoqueiro foi esquecido pela edição. Assim como seu lado encrenqueiro, nas festas. Sobre isso, foi mostrada a parte mais leve, mas foi omitida a parte pesada, que nem o PPV mostra (ás vezes, nem assistindo pela Globo.com podemos ver). Assim, foi-se criando uma imagem deturpada de Daniel. Mas isso não seria um beneficio? Sim, mas a edição decidiu mostrar o Daniel “venenoso”, talvez, por falta de opção. Agora, muitos desinformados dizem que “a máscara caiu”. A máscara não caiu, mas a popularidade...

MARIA

- Pontos Positivos: Divertida, carismática, bonita. Para muitos, injustiçada e mal tratada por Maurício. E foi traída por Daniel, seu “amigo”. De certa forma, parece ser a “menos pior”, já que Wesley não fede nem cheira no jogo. Preferida da produção. Fato. Para muitos, a protagonista do jogo, mesmo sem jogar. Maiores chances de ganhar.

- Pontos Negativos: Futilidade e cinismo (até hoje, se exime de qualquer culpa por qualquer problema em que se meteu). Pode-se dizer que, nos últimos dias, ela tem forçado mais a barra com o namoro com o Wesley (depois da recaída de quarta, em que ela se perguntou se o Maumau estaria esperando por ela). Não acho graça em puxar o tapete dos outros, usar Fulano ou Beltrano por vingança, ou coisas do tipo. A minha opinião é que ela foi irresponsável e entrou no jogo a passeio. Essa é a minha opinião, hein.

WESLEY

- Pontos Positivos: Não protagonizou nenhum barraco. Sempre se mostrou atencioso, prestativo, educado. Rapaz de boa família que, aparentemente, deu à Maria seu merecido valor. A torcida do “contra” gostaria de ver sua vitória. Na verdade, até viria a calhar e representaria bem o marasmo sem sentido que foi essa edição.

- Pontos Negativos: O cara não fez nada. Se não está sendo usado pela Maria, está conformado com o casal de mentira para ganhar popularidade. Ele já demonstrou o contrário de querer um relacionamento sério. A forma como ela “atura” os outros participantes também irrita muita gente aqui fora. E ele cara não tem carisma algum. Qualquer um que dissesse uma palavra a mais que ele ganharia mais destaque no quesito popularidade.