segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

SUGESTÕES DO BBB11


Para quem curte ficar em casa, diante da TV, contemplando o próprio tédio, e namorando a própria solidão, esta lista abaixo poderia ser de uma grande serventia. Assistindo a qualquer uma das "Sugestões do BBB11", certamente, você terá consciência plena de que sua vida não é tão desprezível assim.

SÉRIES DE TV:

“The Big Brother Theory”: Série escrita, dirigida e estrelada por Boninho, que ousa mostrar ao mundo que consegue fazer um programa líder de audiência, mesmo com os participantes mais medíocres de que se tem notícia.

Prison Fake”: A série se passa em um presídio de segurança máxima, onde os prisioneiros adoram estar lá e não medem esforços para permanecer, pelo menos, mais uma semana naquele confinamento, que mais parece uma colônia de férias.

 “Bee”: Série musical estrelada por Daniel e Lucival, uma dupla de bibas que vive cantando sobre os outros participantes, sem que os mesmos estejam presentes.

“Bost”: Nem precisa explicar, né?


CLÁSSICOS DO CINEMA:

“O Mágico de Boss”: Essa clássica aventura narra a história de várias pessoas (menininhas sonhadoras, espantalhos, homens de lata e leões covardes), em busca do temível, porém magnífico “Mágico de Boss”, aparentemente, o único no mundo capaz de ajudá-los no que eles precisam: fama.

“Cartablanca”: Filme cult, que consiste em uma série de monólogos de Pedro Bial, quase implorando para que os participantes façam alguma coisa interessante: “Vamos lá, gente! Joguem, xinguem, matem uns aos outros... Pelo amor de Deus, parem de se esconder!”.

“Psipose”: O filme mistura suspense com terror psicológico. Mostra, da maneira mais cansativa possível, como as pessoas reagem diante de um confinamento filmado. O barato do filme é justamente a forma como os confinados disputam a atenção das câmeras, deixando a espontaneidade de lado, mas, mesmo assim, conseguindo iludir quem os assiste.

 “...E o Nojento Ficou”: Filme cansativo demais, porém já é visto como clássico. Conta o triunfo de Diogo no seu primeiro paredão, contra seu “amiguinho” Maurício. Destaque para os monólogos sem sentido e inconvenientes do protagonista, um anti-herói que já virou mania mundial.

 “Cidadão Quem”: Conta a história de Rodrigão, um modelo que acaba se tornando um dos homens mais inexpressivos do Big Brother Mundial. O filme termina quando Rodrigão vence surpreendentemente seu primeiro paredão, provando, de uma vez por todas, que não tem apenas um rosto bonito: tem uma puta sorte, também.

“A Noviça Que Não Fede (Nem Cheira)”: Volta e meia na lista dos piores filmes do mundo, narra a história de Janaina do Mar, uma defensora da moral e dos bons costumes, trancada por conta própria numa casa com pessoas promíscuas. Poderia até ser uma boa história, se a protagonista fosse mais convincente, e mais significante.

 “King Kong”: Ah, isso foi o que Michelly pagou na última festa antes da sua eliminação. Hahahahah.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Detonautas Roque Clube - Mais Uma Vez


Faixa estraída do DVD Detonautas - Acústico. Selecionei essa faixa, pois, de quebra, estaria homenangeando não só a banda Detonautas (nesta canção, muito bem representada pelo seu vocalista, Tico Santa Cruz), mas também Flávio Venturini (e sua banda 14 Bis), e o imortal Renato Russo.

"Mais Uma Vez"  foi escrita por Renato Russo e Flávio Venturini, para o álbum "Sete", de 1988, da banda 14  Bis (último álbum de estúdio do grupo, antes de Flávio Venturini seguir carreira solo). Na gravação original, Renato Russo revezava os vocais com Flávio Venturini.

Em 2003, quando o álbum "Presente", com raridades de Renato Russo, estava sendo preparado, foi descoberto um canal de voz em que Renato cantava integralmente a música. Esta gravação, datada de 1987, época de gravação original do 14 Bis, ganhou nova roupagem instrumental, dando o status de inédita. Consequentemente, essa nova versão fez um considerável sucesso.

sábado, 29 de janeiro de 2011

E VIVA A INTERNET!

A cada dia que passa, eu fico cada vez mais apegado à minha internet. Provavelmente, comprarei um cartão de Natal este ano e presentearei minha melhor amiga. Além de não reclamar, mesmo com o Windows enchendo a cabeça dela, a internet tem sempre a resposta para as minhas dúvidas.

Claro que, ás vezes, ela me dá falsas pistas, falsas respostas... Ás vezes, me dá raiva, parecendo ser menos útil do que é. Mas qualquer indignação se dissolve, quando ela me revela o que eu quero saber sobre meu artista favorito, sobre algum filme, sobre alguma música que ouvi em algum lugar. Ela me fornece fotos, vídeos, músicas, textos... Frases prontas, poesias, textos pobres e ricos, em vários idiomas.

Volta e meia, a internet me pergunta se eu estou contente com o tamanho do meu pênis. Ai, ai, como é brincalhona essa amiga! E quando pergunta se quero ficar rico, ou diz que fui sorteado e ganhei um prêmio? Muito sugestivo, não?

Eu pertenço a uma geração que cresceu sem a companhia da internet. Mas eu sempre fui escravo da televisão, pois era ela quem me trazia as grandes novidades do mundo. Eu me lembro de correr para ver meu artista em algum programa. Eu me lembro até das novelas de outrora, que me seduziam e prendiam a minha atenção. Mas, hoje em dia, a internet é mais eficiente.

Além de trazer a informação com mais velocidade, ela só traz a informação que eu quero ter. Sou eu que escolho o que quero ler, assistir ou ouvir. Não tem censura, não tem chatice, a menos que eu me interesse por isso. Enfim, nenhum lugar é tão democrático quanto a internet.

E a televisão brasileira anda de mal a pior. Virou um balcão de negócios. E dos piores negócios possíveis (até fé andam vendendo por lá). Nada parece ser de graça, nem a bondade, nem a maldade, nem a alegria, nem a tristeza. Nem a revolta, nem o silêncio, nem quem aparece, nem quem assiste. Tudo parece ter um interesse. Sensacionalismo, falso moralismo, anarquia, libertinagem... E grana. Sempre termina nisso.

Portanto, acredito que a internet serve de válvula de escape, e alivia nossa tensão, pois, se tivéssemos apenas a companhia da TV nos dias de hoje, seriamos uma geração de quadrúpedes. Ou de marionetes.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

X-MERDA ORIGENS: DIOGO

O quão redundante sou ao falar, mais uma vez, sobre o Diogo! Nem se ele fosse o meu preferido, eu falaria tanto nele. Talvez, nem se ele fosse um parente meu participando do Big Brother, eu ousaria em gastar a ponta dos meus dedos criticando esse cidadão.

Mas, não estou sozinho (louvado seja!): muitos me acompanham nessa jornada. Já li até diagnóstico psiquiátrico que justifique as discutíveis atitudes do rapaz. Há quem o odeie simplesmente por ele existir, mas há quem fundamente seu ódio usando o “fator jogo”.
E concordo plenamente. Quando cismo de assistir ao Big Brother Ao Vivo, percebo um Diogo indigesto. Um cara que gosta de interromper a conversa dos outros, por mais importante que seja. E os gritos? Não há um dia que ele não grite, seja pra chamar alguém, pra debochar de alguém, ou simplesmente por pura escrotice.

Mas isso é típico de pessoas inseguras, que precisam se impor para ser ouvido. E Diogo faz questão de ser ouvido. Ele praticamente implora, nas entrelinhas. Por isso, ele busca uma posição de destaque, não importando o seu conceito de "pessoa perfeita" que ele espera ser. Ele quer ser conhecido por sua alegria, por seu humor, por sua esperteza.
Até agora, se analisarmos bem, ele não trouxe nenhuma contribuição ao jogo (lembre-se: se sobrepor não é contribuir): nas vezes que necessitou ter atitude, optou pela politicagem. Mas, quando lhe ofereceram 10 mil para trancar a despensa de alguém, não pensou duas vezes.

Só pra encerrar de vez esse assunto do “sabotador”, para não parecer perseguição, vou ser incisivo: Diogo não sabotou pela grana, mas pela oportunidade de querer tapear os outros. Pois ele já demonstrou essa característica outras vezes (inclusive na hora de fazer o Rodrigo de otário). Ou seja, Diogo não está muito preocupado com os outros, como aparenta.

Outro exemplo foi quando sua casa foi punida porque ele comeu o biscoito de Paula, moradora da outra casa. A desculpa esfarrapada que ele deu foi o suficiente para qualquer ser normal mapear sua personalidade: trambiqueiro.

Mas que isso fique entre nós. Porque os demais confinados juram que ele é um queridinho da galera e morrem de medo de votar nele. Portanto, facilmente ouviremos discursos de desaprovação de seu comportamento, mas tais discursos não se transformarão em votos. Pelo menos, por enquanto.

Mas, convenhamos... Ai de quem contrariá-lo! Se alguém discordar, bater boca ou, simplesmente, votar nele (e se esse alguém não fizer parte do Clube da Palhaçada, que ele preside)... Bem, acho que a Paulinha pode completar essa frase.

E aqui fora? Relação de amor e ódio. Amor? Sim... O Diogo passado pela edição até que é gente boa. É hiperativo, mas é brincalhão. - “A alegria incomoda e ele pode ser injustiçado por isso. Mas, mesmo assim, é um cara legal”. - Leve ele pra casa, então.

Chato, inconveniente, insuportável, pretensioso, machista (inclusive nas piadinhas ditas e cortadas pela edição)... Mas amado por alguns. Existem mulheres machistas que adoram homens assim. Mesmo depois da primeira porrada.

E ainda, existe o tal bairrismo: Diogo é representante da Bahia, e exige o apoio de todos os baianos. Tipo um ACM. E muita gente até compra essa ideia e acolhe esse “Toninho Malvadeza revisitado”. Faz parte, né?

Enfim, a presença do Diogo atrapalha o andamento do jogo. Isso é fato. Assim como a manipulação atrapalha o andamento do jogo, também. Mas, isso, falarei na semana que vem, no próximo “X-Merda Origens”.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

MEU TWITTER AGORA É PANCADÃO


"Mifudi"! "Mifudi"! "Mifudi"!
DM para mim!
"Mifudi"! "Mifudi"!  "Mifudi"!
DM para mim!
Quem é?

Sou eu, seu bicho feio
Vê se para de zoar
Não suporto palhaçada
Atitude eu vou tomar

Vai trair seus amiguinhos?
Não! Não! Vou bloquear!
Vai trair seus amiguinhos?
Não! Não! Vou bloquear!

Vou ficar bloqueadinho!
Vou ficar bloqueadinho!
Vou ficar bloqueadinho!
Descabela, palhacinho!

Ah, que é isso?
Ela tá é deslumbrada!


Ela dá RT quando é elogiada
Ela tá é deslumbrada!
Ela dá RT quando é elogiada
Ela tá é deslumbrada!


Ah, que é isso?
Ela tá é deslumbrada!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

JOGOS BOÇAIS XI – EPISÓDIO 2

O Segundo Capítulo deixava subentendido
que o filme seria do gênero "pastelão"

O segundo episódio parecia ter mais ação, parecia ter mais drama, parecia ter mais terror. Tinha tudo para prender nossa atenção, mas, em vez de render cenas de tirar o fôlego, conseguiu trazer à tona momentos que pareciam ter sido tirados de filmes de comédia, do estilo pastelão.

Logo após a morte de Ariadnada, ou melhor, logo após a revelação da arma ultra-secreta da moça, os sobreviventes começaram uma competiçãozinha interna sobre quem era o mais desencanado com aquela situação. Houve quem dissesse que “ela enganou direitinho, foi boa atriz, mas, se eu soubesse que era uma transex, eu não pegaria”. Ah, vou dar nome aos bois: Igornorreia.

Dibobo, o “Sabotador” nomeado, também não pestanejou ao aceitar a proposta indecorosa, muito pelo contrário: quis provar para os observadores, de uma vez por todas, o quanto é um rapaz esperto e malicioso. Como numa intervenção divina, ele se complicou em seu plano de trancafiar a despensa do grupo desfavorecido da casa, o “Lado B”. Deixou cair as chaves e gaguejou como nunca, ao se explicar para o desconfiado, mas enigmático, Cristiânus. Em uma reunião de bando, ainda ousou em apontar o dedo para os outros (inclusive supostos amigos), no intuito de desviar o foco e, consequentemente, tirar o seu da reta.

Mas, apesar de tudo, nada aconteceu. Dibobo ainda passou pelo interrogatório meia-boca de Najália, com sua técnica militar altamente falível e em causa própria. No dia seguinte, decidiu revelar o quão calhorda foi e, consequentemente, os demais levaram mais uma vez tudo na esportiva.

Como uma trégua na babaquice, começaram a surgir os tradicionais complôs de grupos. Porém, ainda era cedo para definir quem estava certo, errado, tirando o seu da reta, ou simplesmente fazendo pose. Bonisaw decide intervir nos próximos capítulos. Vamos esperar.

Eis que o telefone maligno toca. Desta vez, Maudício atende, após horas de vigília em frente ao aparelho. Recebe a missão de mandar alguém para a solitária. Sem pensar muito, ele escolhe Micherguy, a candidata a mocinha desta temporada. Calma, pessoal. A solitária não é lá essas coisas. Na verdade, serviu até de recompensa para a escolhida, que ficou 17 horas isolada daquele povo chato.

Embora Micherguy fosse namorada de Dibobo, parece que, quem ficou mais inconformado com a ida da moça à solitária não foi o pseudo-mocinho: foi justamente Najália, a “Líder” da semana. Resultado, Maudício foi levado ao paredão sacrifical.

Como fio de esperança, Dibobo foi o mais votado pela casa e também foi levado ao paredão e, com uma aclamação duvidosa do público observador, Maudício foi o executado da vez.

PS: Dizem as más línguas que a permanência de Dibobo se deu por causa da importância dele para o andamento da série. Bonisaw, inclusive, via, no comportamento conturbado de Dibobo, a garantia de polêmicas futuras, mesmo que tais polêmicas se reduzissem á baixaria, pegação, e tudo aquilo que derrubaria de vez a qualidade e o andamento do filme, mas garantiria bons patrocinadores. E, claro, garantiria um público de idiotas, que sempre é bem-vindo em qualquer atração, pois, público idiota é público manipulável (e vice- versa)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

PENÉLOPE PENOSA

Penélope Penosa é inteligente, mas, não tanto quanto acha que é. Acredita que a inteligência seja um quarto com informações desenhadas na parede. Mas informações desenhadas na parede são informações inanimadas, que só servem para ser contempladas. Ela não sabe como usá-las e, diante disso, tais informações não servem para nada, se escondem por trás da poeira do tempo e se perdem aos olhos de pessoas acomodadas. Mas há de quem lhe provar isso.

Penélope Penosa tem suas preferências. Prefere ser conhecida como a alegria em forma de pessoa. Talvez, instintivamente, ela busque nas festas uma felicidade que não possui. E haja festas, haja badalações. Nesses lugares, ela prefere ser o centro das atenções, lançando moda, com um sorriso estampado, feito máscara. Mas o que se esconde por trás dessa máscara? A intolerância, o desrespeito, o egocentrismo, a vaidade exacerbada, o oportunismo. Para mim, um sorriso é pouco para esconder tudo isso. Mas, por mera conveniência, muitos fingem não enxergar, no intuito de fazer parte do seu livro sem páginas. Talvez, por modismo, talvez, por pena. Mas há de quem lhe provar isso.

Penélope Penosa é independente. Pelo menos, essa é a imagem que ela força passar. Como se ignorasse o trabalho, o chefe, o marido, a casa, e todos aqueles que acabam sendo responsáveis por seus dias. A falsa independência a torna uma pessoa arrogante, que se acha acima das demais, tendo o direito de exigir dos outros aquilo que não consegue oferecer. O mundo parece girar ao redor de si, e humilhar os outros parece ser seu propósito de vida. “Ter” passa a ser melhor que “ser”. Mas precisar ter para se firmar como alguém é uma característica de quem desistiu de buscar sua própria personalidade, sua própria afirmação de si. Mas há de quem lhe provar isso.

Penélope Penosa sabe aconselhar. Ela gosta de discutir a relação dos outros. Sim, pois, a sua relação, é fácil de discutir: ela é a parte que tem razão. Com olhos de compaixão, ela aconselha, impõe suas discutíveis regras e prefere sair como uma espécie de sábia, ou alguma entidade acima do bem e do mal. Ela adora mesmo opinar sobre a vida dos outros, como se sua vida não fosse interessante. Parece alguém que desistiu de olhar para a própria casa, e precisa mesmo olhar pela janela para observar quem passa pela rua. Mas há de quem lhe provar isso.

Penélope Penosa não é mulher de se apaixonar: pelo menos é o que diz. Talvez, a paixão por si é tamanha que faz com que suas admirações sejam meras admirações, meros caprichos sem força e sem sentido algum. Não conheço suas preferências, mas ela insiste em gritar para o mundo que prefere a companhia de homens divertidos, o matrimônio com homens bem sucedidos e o sexo com homens viris, contanto que ela seja sempre o macho alfa da relação. Mas há de quem lhe provar isso.

Penélope Penosa é apenas uma mulher frágil, ainda que determinada, e vulnerável para cair nas armadilhas do destino e disposta a exibir a infelicidade, que ela insiste em chamar de felicidade, para o resto da vida. Mas há de quem lhe provar isso.

Penélope Penosa pode ser qualquer mulher que a gente conheça, muito ou pouco. Pode ser qualquer mulher que a gente encontre por aí. Pode ser até alguma mulher que, neste momento, esteja lendo esse texto. Mas há de quem lhe provar isso.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

BIG BOSTA BRASIL

Maurício, segundo eliminado do BBB11
Antes de qualquer coisa, tenho que deixar claro a minha antipatia pelos dois últimos emparedados do programa Big Brother Brasil nº 11. Não sei se a palavra certa é antipatia... Talvez seja só desprezo, mesmo. É como se a saída de um ou outro fosse indiferente para mim.

Eu sei que esse é um fator triste para um amante de reality. Mas, mesmo assim, graças a Deus, eu tenho minhas opiniões, e pretendo apontá-las aqui (afinal de contas, o blog é meu e, se alguém não concordar, que monte seu blog e escreva sua opinião nele). No final, mesmo não torcendo por nenhum dos dois, eu sabia qual deles precisava sair. Da mesma forma que eu não morria de amores pela Ariadna, mas, por raciocínio, achava que, dos três emparedados, ela era a única que faria falta na casa.

No primeiro dia do programa, tanto Diogo, como Maurício chamaram a atenção do público. Respectivamente, pela chatice e pela feiúra. Sim. E os adjetivos de chato e feio não caíram por terra nessas duas semanas. Muito pelo contrário: foram se agravando cada vez mais e, hoje, assumem posto de catástrofe. Diogo e Maurício ganharam status de alma gêmea e viveram momentos tão duvidosos nestas duas semanas que, só de lembrar, chego a virar a munheca. O tragicômico é que ambos foram indicados pela mesma pessoa, a líder Natália Cano Largo.

Maurício é muito feio. Muito mesmo. Parece fruto de alguma experiência que não deu certo. Mesmo assim, conseguiu pegar Meg Melillo (voz de gás hélio), uma das musas dessa edição. Imagino se o filho dos dois herdasse o rosto do pai e a voz da mãe. Mas, enfim. Maumau não me cativou. Parecia mais um falastrão como outro qualquer, que não acrescentaria muita coisa na casa.

Na semana passada, no episódio frustrado do segundo sabotador, eu até cruzei os dedos, esperando que o Esquisito tomasse alguma atitude, por ter sido diretamente prejudicado. Mifú. O Mascarado agiu indiferente, como se aquilo fosse brincadeira de criança, e nem saiu do picadeiro quando o verdadeiro sabotador, o “gente boa” do Diogo, sugeriu que ele, Maurício, poderia ser o sabotador. Para completar o vexame, ele fingiu que não ouviu a confissão do baiano e, após ter múltiplas ereções à espera do Big Fone, atendeu a bagaça, e mandou Michelly Falso Estrabismo para a solitária, despertando a ira de, nada mais, nada menos, que a líder, Natália CSI. Que burro... Dá zero pra ele!

Mas, convenhamos (e que fiquem entre nós, ok?)... Está ficando chata essa história de o povo justificar a antipatia pelo Maurício, apenas por conta de sua feiúra. O tempo todo, via twitter, me deparei com coisas assim. Seria uma espécie de “feiofobia”? Deve ser porque o brasileiro seja um povo esteticamente perfeito, e a feiúra incomode muito. Feio, o Maumau é. Feio até demais. Mas, justificar sua rejeição nisso, é falta de inteligência.  Desculpem a franqueza.

E o Diogo, hein? Uma mistura de Sérgio Mallandro, Kleber Bambam e Dudu Pelizzari. Acredito que ele esteja caindo no gosto do Brasil. O povo brasileiro se identifica com pessoas debochadas, caricatas, que adoram ser o centro das atenções, e que são passiveis de ser corrompidas. A mulher brasileira se identifica com homens convencidos, cheios de si, que se gabam pela quantidade de mulheres que “pegou”, não importando a quantidade de mulheres que “conquistou”. Pelo menos, é o que parece.

Há quem diga que ele seja o protagonista dessa edição de programa, o que é preocupante. Há quem diga que o programa vai acabar, se ele for embora, mas sou do tipo que acredita que o programa vai começar com a saída dele. Sim... Primeiro, as pessoas vão aparecer mais, sem aquele cara chamando as câmeras para si. Depois, não acho que ninguém ali incendiaria nada, a menos que pagassem 10 contos.

Diogo Presuntinho, na tradicional “brincadeira de segunda”, teve, mais uma vez, o poder de decisão. Teve que decidir quem iria do Lado A para o Lado B e vice-versa. Ele poderia se indicar, mas, claro, fez fita, disse que não ligava se fosse para o Lado B, mas... Após fingir que estava pensando na hora, decidiu tirar a Paula do Lado A, e o Rodrigão do Lado B. Justificando: tirou a menina que votou nele, e trouxe um cara que poderia se sair bem nas provas.

Mais do que isso: passou a propagar o ódio contra a Paula, por ela ter votado nele. Disse que iria ferrar a vida dela no programa, e deu a entender que a perseguiria no jogo. Ainda ficou falando dela pelos cantos: inclusive coisas sem noção, tipo “ela parece uma porquinha”. Mas, tudo bem. Brasileiro gosta disso, né? E não tolera pessoas acima do peso. Claro, temos um perfil tão esbelto que pessoas assim são verdadeiras aberrações.

E o pseudo-namoro com Michelly? Tudo bem que e garota é chatinha e está ali para fazer drama, mas... Avalie o quão estúpido é um cara que não admite jamais estar errado e não sabe pedir perdão. Que diz que as pessoas devem entender se ele faltar com o respeito com elas. Que diz que namora uma, mas lança olhares e palavras para outra (Talula), despertando a ira do namorado dela (Rodrigo). Quem não achar isso nada de mais... Só lamento.

Mas, o pior de tudo, foi um movimento bairrista que surgiu, com a justificativa que ele deveria ficar porque é baiano. Além de ser, mais uma vez, falta de inteligência, essa justificativa é um embrião para a xenofobia, e esse assunto é complicado... É delicado... E é ridículo. Não é porque Fernandinho Beira-Mar seja carioca que os cariocas tenham que se orgulhar dele. Dã...

Pois bem. Mesmo tendo mais coisas contra do que a favor, Dididiogo passou pelo primeiro paredão, com uma porcentagem que me lembra a porcentagem de Janaina e Carrasco na Fazenda 3.

E os tontos que apostaram que ele voltaria do paredão pronto para atirar para todos os lados, mais uma vez, se surpreenderam quando ele disse ter perdoado Paulinha. Ou seja, voltamos á estaca zero: chatice, arrogância, namoro forjado, e babaquices do gênero.

Talvez, a solução para todo o mal seja essa tal “casa de vidro”, com novos participantes. Não sei como vai ser, quem vai estar lá, mas tenho meus palpites. Acho que vão colocar uma gostosa nessa casa de vidro, com o intuito de o Diogo cair matando nela. Sim, a produção já se conformou com o protagonismo dele, e pretende investir.

E os alienados festejam, enquanto os verdadeiros amantes de reality ficam presos, assistindo a falsos relacionamentos e a toda futilidade que existe, numa celebração à total falta de espontaneidade.

domingo, 23 de janeiro de 2011

George Harrison - While My Guitar Gently Weeps


Essa versão de um clássico do lendário álbum Branco (White Album) dos Beatles, foi lançada em 2006, no CD LOVE (Trilha Sonora do espetáculo de mesmo nome, do "Cirque Du Soleil").


Na verdade, consiste na gravação demo da canção, gravada por George (voz, violão e órgão), em 1968. Porém, essa nova versão recebeu o acompanhamento de uma orquestra de cordas, sob a regência de Sir George Martin.

sábado, 22 de janeiro de 2011

HOMOFOBIA X HOMOCRACIA


Esse texto foi escrito por Álvaro Mariano, um jornalista paulista, de 28 anos.

“Caros leitores.

É com uma imensa sensação de alívio que venho, por meio deste Blog, me assumir publicamente. Sinceramente, não dá mais para esconder, para disfarçar, para me enganar. Eu sou heterossexual!

Descobri essa orientação sexual ainda no primário, quando comecei a sentir a necessidade de acariciar longos cabelos femininos. Eu olhava as pernas da Xuxa quando ela saia da nave. Achava a Madonna sexy, e nem sabia o que era sexy. Ao ver uma revista Playboy da época, fiquei feliz por não ver nada balançando entre as pernas das moças. Descobri que era isso que eu queria: uma pessoa sem pinto.

Na escola, meus melhores amigos eram meninos. A gente xingava uns aos outros, e tudo continuava do mesmo jeito. Eu detestava o cheiro de suor nos vestiários, após as aulas de Educação Física. Mas me sentia diferente quando estava perto de uma menina. Gostava do cheiro delas, do jeito como elas ficavam com os cabelos molhados. Adorava o jeito de desprotegidas quando elas se sentavam no bando, abraçadas às suas mochilas cor-de-rosa.

E assim foi. Na adolescência, comecei a nutrir amores platônicos, e comecei a me envolver com meninas. Foi especial. Vivi momentos inesquecíveis nos meus namoros de adolescência. Tudo continuou na mesma, até eu encontrar a mulher da minha vida e me casar.

Continuo admirando a beleza feminina, e sou um confesso apaixonado pelas mulheres, mas sigo fiel, honrando meu compromisso, minha decisão e meu prazer de dividir os momentos da minha vida com essa pessoa maravilhosa que é a minha esposa.

Sempre tive o apoio dos meus pais, amigos e da sociedade em geral, e não me queixo. Adoro sexo, mas não curto promiscuidade: o ‘entre quatro paredes’ é infinitas vezes melhor que o sexo falado em mesa de bar.
                    
Agora, peço às pessoas para me respeitarem por eu ser do jeito que sou. Não importa quem você ame, ou como você ame: o importante é amar.

Não estou aqui para levantar bandeiras, pois, bandeiras geram fronteiras, que geram divisões, que geram conflitos, que geram agressões, que geram ódio. E ódio é o oposto do amor.
Sobre as fobias do novo século, distorcidas deliberadamente nos conceitos de quem está para o ódio, eu digo: Não confundam Homofobia com opinião. Nem todo preconceito é homofobia. O fato de você não concordar com minhas escolhas não faz de você um criminoso.

Agora, se, por conta das minhas escolhas, você me agredir, me discriminar, me ofender, você está, sim, cometendo um crime. Mas nem por isso, devo dizer que o fato de simplesmente você não me aceitar do jeito que sou o torna um criminoso. Só o torna um ignorante, sem mais.

Acho respeito fundamental, e acho que qualquer imposição de comportamento cria uma realidade autoritária, distante de tudo que a gente espera para nossos filhos e netos.

Sou a favor do respeito, do esclarecimento, da compaixão, e da aceitação. Mas sou contra a injustiça. Se você não se conforma com o meu jeito, azar o seu. Mas não estou aqui para culpar você.

Pelo contrário... Independente da minha orientação sexual, eu prezo pelo amor.

Obrigado pela atenção.

Álvaro Mariano”

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

SABOTADOR - O SABOR DO TRAIDOR

Boninho, Diretor da Atração
Confesso que ainda não me simpatizei com a 11º edição do BBB. Para mim, não existe ainda a figura do “participante preferido”, sequer do “participante interessante”. No máximo, existem leves promessas que, aos poucos, vão se deteriorando na própria falta de atitude.

Parece que o diretor Boninho já esperava por isso. Claro, depois de trezentos realities do gênero, seria natural que alguns participantes (ou todos), entrassem no jogo “na defensiva”. Há quem queira aparecer mais, para se agarrar à condição de protagonista. E há quem queira não aparecer tanto, para não se expor, pelo menos, a esta altura do jogo.

Para conter essa chatice, o sádico diretor da atração sempre inova com situações esclarecedoras (ou quase esclarecedoras), que exigem o poder de decisão do participante. E, na maioria das vezes, é através do poder de decisão que o participante se despe do personagem e coloca sua digital no jogo. Nesta edição, a novidade é a figura do sabotador que, simplesmente, precisa prejudicar um grupo por 10 mil pratas. Genial ideia, por sinal: coloca dinheiro na jogada pra você ver o show de espontaneidade.

Em uma semana de programa, parece que nada de importante havia acontecido. Sei que, para alguns telespectadores, é interessante saber quem vai ficar com quem, ou quem é gay, quem é hétero, quem é bi, tri ou tetra. Mas isso não torna o jogo interessante. Pelo contrário.

Sabe-se que tem muita gente que crê na possibilidade de se fortalecer ao se relacionar com alguém (principalmente alguém que foi supostamente injustiçado, né?). Há também os pseudo-esclarecidos, que vivem colocando banca de liberais, de não-homofóbicos, ou coisas do gênero, apenas para “passar uma imagem bacana” aqui fora. Portanto, não ligo pra esses detalhes, que só tendem a mascarar ainda mais o jogo.

Eu gosto de ver atitude. Poder de decisão. Gosto de analisar as escolhas. Por exemplo, o primeiro sabotador, Rodrigão, que é tão querido pelas menininhas, matou dois coelhos com uma pedrada só. Sabotou o já necessitado grupo na Prova de Comida, sem que ninguém percebesse, e ainda teve a incumbência de indicar alguém ao paredão (via Big Fone). Como ele não fala mais que seis palavras a cada duas horas, ninguém desconfia dele e, para os demais participantes, ele é apenas “tímido”. Ou seja, prejudicou um grupo em troca de grana e deve estar até agora rindo (por dentro) de tudo isso.

Já o segundo sabotador... Figurinha carimbada. O cara que sente necessidade em aparecer, o cara que sente necessidade em parecer legal, o Sérgio Mallandro do BBB11: Diogo. Com a saída de Ariadna, seguida da bombástica revelação, o baiano praticamente dissertou sobre o quanto ele é esclarecido. Dizia que ela se identificava com a alegria de viver dele e, pra variar, fez uma ode a si mesmo. Você sabe, só faltou tirar a camisa e passar manteiga no corpo. Foi como se ele houvesse resgatado Ariadna de um incêndio.

Naquela cabecinha doentia, ele é a pessoa mais importante e mais querida do BBB. Mas precisávamos ver como ele se sairia diante de uma decisão importante (do tipo “prejudicar ou não prejudicar o grupo”).

Assim, ele foi eleito o sabotador. Sua missão seria trancar uma das despensas da casa, em troca de 10 mil pratas. Ah, mas ele é gente boa, né? Não cairia nessa armadilha pra ferrar os outros... O escambau! Sem pensar duas vezes, decidiu trancar a despensa do Lado B. Isso mesmo, do grupo mais necessitado da casa. Dane-se, Diogo é do Lado A, e não prejudicaria a si mesmo de jeito nenhum.

Acontece que o cara, por ser tão covarde, não conseguiu tecer uma estratégia sólida. Sim, mas não desistiu do plano (afinal de contas, 10 mil pratas estavam em jogo). Num momento de descuido, o sabotador entrou em ação e trancou o cadeado da despensa. Mas o diabinho que soprava no ouvido dele não havia se contentado, e fez com que o baiano tivesse uma ideia digna de um calhorda da pior espécie: forjar suspeitos.

Cristiano teve o papel de bucha da vez e foi convidado por Diogo a subir até o Lado B, no intuito de zoar com quem estava dormindo (Maurício Bocão).  Não demorou muito para que Maurício descobrisse. Porém, antes, foi a vez do próprio Cristiano perceber que Diogo carregava uma chave. O circo estava armado.

O pior é que, do lado de fora, há quem tenha gostado das peripécias do boçal. Há quem sinta pena. Como há quem sinta pena do ladrão que entra pra roubar uma casa e fica preso na chaminé. Enfim, há quem torça para esse cara se dar bem. Oremos...

Mas, enfim... Entre deboches e mentiras deslavadas, Diogo sugeriu nomes (isso mesmo, apontou o fuzil para outros participantes), e seguiu negando até o fim, mesmo sendo questionado abertamente por Cristiano. E mais, mesmo sendo interrogado por Natalia CSI que, após seu fiasco em imunizar o sabotador da primeira semana, decidiu honrar sua profissão e fez da casa do BBB seu palco. Só que aquilo ali não é Flórida.

Depois do interrogatório que não deu em nada, a despensa seguiu trancada, e Diogo Rebolation fez uma das piores interpretações da história da TV Globo, esmurrando almofadas e dizendo: “Logo você, que é tão malandro, dar um vacilo desses? São 10 mil contos!” (ou algo assim).  Porém, para sua alegria e vibração solitária, foi anunciado que o sabotador cumpriu sua primeira tarefa.

Só que a primeira tarefa do sabotador foi o Rodrigão que fez. Diogo trancou a despensa, mas foi descoberto e, portanto, não vai ganhar os 10 mil reais (Hahahahahahah).

Depois do anúncio, ninguém quis se comprometer nem mais nem menos, e tudo permaneceu na mesma. Nem mesmo depois da confissão, durante a 1ª prova de resistência do programa. Parece que a galera, prejudicada ou não, levou tudo "numa boa".


Resta-nos esperar pelos próximos capítulos, pela próxima formação de paredão e, na pior das hipóteses, por um novo programa, com participantes mais convincentes. É dose, viu?

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

JOGOS BOÇAIS XI – EPISÓDIO 1

Numa primeira impressão, essa sequência de "Jogos Boçais"
mais parecia uma releitura do seriado "Friends"

Bonisaw escolheu 17 vítimas para essa sequência. Aparentemente, não parece haver nada de tão especial nelas. Há quem diga que é o elenco mais feio de toda a série. Há quem diga que é o elenco mais xarope. De fato, a prévia não cativou os apreensivos fãs dessa saga.

É impressionante como suas vítimas ficam empolgadas ao serem escolhidas. Sim, Bonisaw prioriza, na primeira oportunidade, o glamour de um hotel de luxo, e uma estrutura hollywoodiana que iludiria até os adeptos do “voto de pobreza” (que, nem de longe, é o perfil dos boçais participantes dos Jogos Boçais).

Antes de serem levados ao Albergue, que continua situado em Projack City, eles foram divididos em quatro grupos, definidos por cores. Cada grupo é obrigado a usar um lenço, da cor de seu respectivo grupo. É como um sistema de castas, que só serve para fazer os trouxas acreditarem que os Jogos Boçais são jogados em equipe. Mentira! Não é segredo nenhum que, no final, só existirá um vencedor e, a maioria deles serve apenas de escada para os protagonistas.

O início do filme deixa a desejar. Dezessete vítimas entram na casa deslumbradas. Acreditam que estão realizando o sonho de suas vidas, e não escondem o encantamento com aquela casa. Num primeiro momento, cada um deles tenta se sobressair perante os demais, em uma espécie de disputa pela atenção de quem os observa.

Bonisaw não se incomoda com isso. Ele até prefere ver a alegria estampada no rosto de suas vítimas, antes das mesmas serem submetidas aos tradicionais questionamentos. E às tradicionais crueldades.

Na primeira atividade dos Jogos Boçais XI, eles deveriam eleger, numa votação aberta, a pessoa que seria executada sumariamente. Embora esse tipo de decisão sempre tenha sido papel do público observador, as vítimas acreditaram nessa hipótese e apresentaram indícios de sadismo. Trouxas! Muitos decidiram seguir o voto dos outros, para se defender e, de quebra, justificar sua decisão.  A mais votada foi Micherguy. Porém, para a gargalhada diabólica de Bonisaw, na verdade, a pessoa mais votada teria sua vida “poupada” na primeira semana. Pegadinha do Mallandro!

Foi dada a largada. Surgiram insanas desconfianças e patéticos inconformismos. A casa parecia estar prestes a pegar fogo. Mas tudo não passou de alarme falso. As vítimas continuavam ignorando toda a boçalidade do jogo e se sentiam em uma colônia de férias.

Um fato curioso é que o galã Cristiânus, incumbido de ser o “Líder” da semana, cogitou a hipótese de decidir sua escolha num jogo de palitinhos, ignorando toda a seriedade (?) do jogo. Dizem as más línguas que Bonisaw detestou essa ideia, e desejou, por um segundo, a morte do rapaz. Mas foi só ele tirar a camisa outra vez para Bonisaw mudar de ideia.

Bonisaw ainda nomeou, na surdina, Podrigão para um papel simples: prejudicar seu grupo em troca de grana. Era o chamado “Sabotador”. Adivinhe o que aconteceu? Ele sabotou seu grupo na tradicional Prova da Comida, e ninguém percebeu. A grana foi depositada na conta dele. Mais uma vez, nada parecia ter acontecido com os confinados, que pareciam se divertir como nunca.

Ariadnada, na visão de quem assistia a esta temporada, guardava um segredo dos mais preciosos. Mas não era nada sobre o jogo. Era sobre ela. Comentava-se que a moça, na verdade, era uma transexual, e que sua revelação iria trazer reviravoltas nos próximos episódios. Mas não foi bem assim.

Foi lhe dada a opção de revelar o segredo ou não. Sob pressão, ela até revelou o segredo para Lucivai, e Dandoel, que viviam interrogando a moça, e exigindo resposta, como se não tivessem nada de revelador para compartilhar. Mas isso não foi o suficiente: devido o seu silêncio, a moça foi a primeira pessoa a ser executada, só revelando seu segredo minutos antes de morrer.

PS: Há quem diga que a saída desse polêmico personagem foi resultante de pressões oriundas da Associação dos Roteiristas Renomados, Observadores da Moral e dos Bons Atos e Costumes Unidos (ARROMBACU).

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

SOLIDARIEDADE É TENDÊNCIA

Hoje, vou falar sobre a maior tragédia ocorrida no Brasil: a tragédia provocada pela chuva na Região Serrana, no Estado do Rio de Janeiro.

Até o fechamento desta edição, o número de mortes já passa dos 600. Famílias foram destruídas e os sobreviventes tentam se reerguer.

Autoridades se pronunciam, com os famosos “remedinhos de outrora”. O povo, que é o lado, teoricamente, mais sensibilizado e mais identificado com o sofrimento das vítimas, arregaça as mangas. Há quem se esconda, há quem apareça. Há quem faça marketing, há quem se mobilize de forma silenciosa.

Tal fenômeno não é novo. Claro que, quanto maior a tragédia, maior a reação da coletividade. E estou de pleno acordo, não pensem que não. Mas, sabe como é, né? Vovó dizia que é melhor prevenir do que remediar.

Não, gente... Não estou sendo chato. Sei que o momento atual é para se remediar, mesmo. A prevenção não foi feita, e muitos de nós nem esquentamos a cabeça para isso. Quem, por lei, deveria dar essa garantia de segurança, também não estava nem aí. O bom senso de não se construir casas em encostas também não foi respeitado, mas, e daí? Tragédia anunciada não é tragédia consumada, não é mesmo?

Por exemplo, no caso da nova epidemia de Dengue, que está na iminência de acontecer (segundo informação do próprio Ministério da Saúde), estamos na fase de prevenção. Mas que se dane, né?

Uma vez, estive na Barca Rio - Niterói e passei grande parte do tempo contemplando a Baía de Guanabara, com suas sacolinhas plásticas e latinhas de refrigerante boiando. Foi tão lindo! E também admiro muito as ruas, com lixos jogados por pedestres, e até por motoristas, que abaixam o vidro de seus respectivos carros e arremessam porcarias pela estrada afora. Fico feliz em ver as pessoas fazendo sua parte na prevenção de tragédias.

Já presenciei muita coisa bonita acontecendo por aí. Já vi pessoas zombando de outras gratuitamente pelas ruas. Já presenciei algumas discussões no trânsito, em lojas, no trabalho, e até na internet. Já vi gente apontando o dedo pra outros por motivos estúpidos. Já vi gente humilhando os outros. Sim, violência verbal é tudo de bom. Respeito? Isso é para os fracos. Você precisa se impor, não é?

E nada disso nos torna menos solidários. Diante das inúmeras reportagens sobre a atual tragédia, não há quem não se sensibilize. Nessas horas, contamos nossas moedinhas. Nessas horas, reviramos nossa despensa de cabeça pra baixo, procurando enlatados (que ainda estejam no prazo de validade, claro). Nessas horas, reviramos nossa cômoda, procurando roupas que não nos sirvam mais.

Tudo bem que nosso salário não sofreu um reajuste de mais de 60%. Mas não precisamos disso pra viver bem. Tudo bem que não recebemos mais de 1 milhão por mês, como alguns jogadores de futebol. E daí, se nem gostamos de futebol?

Não temos alguns milhões sobrando pra gastar em campanhas publicitárias e, infelizmente, não conseguimos doar milhares de reais no palco do último “Teleton”, ou no palco do último “Criança Esperança”. Mas, quem precisa de publicidade? E mais, só os fracos precisam de “dedução no Imposto de Renda”.

Não conseguimos reformar casas, como aqueles programas de TV. Não conseguimos reformar nem as nossas casas. Também não doamos cestas básicas, mas algumas latinhas de leite em pó que comprarmos não prejudicariam nosso orçamento.

Nossa imagem de povo solidário não sairá prejudicada, eu garanto. Mas, nossa imagem de povo acomodado precisa ser apagada. O dia seguinte tem que ter a mesma vibração do dia anterior. Respeito e compaixão não devem ser apenas flores de estação.

Não vamos nos alienar com “o que podemos fazer”. Que tal simplesmente fazermos? Ou seja, quando as tragédias da Região Serrana do Rio deixarem de ser o assunto em pauta, que tal continuarmos fazendo nossa parte? Não importa se nossa parte seja simplesmente prevenir, ou pegar um megafone e ir à praça pública. Vamos fazer o que estiver ao nosso alcance. Sim, pois, se não fizermos a nossa parte, ferrou, pois, eles não fazem a parte deles. Fica a dica.

Mesmo assim, ainda acredito na solidariedade do povo brasileiro. E também acredito em Deus, se é que vocês me entendem.