sexta-feira, 11 de março de 2011

CARTA PARA LADY DI

Querida Lady Di... Diana, para os distantes.

Adorável loirinha, serelepe e faceira, de rosto angelical e sorriso inebriante, aceite esta epístola como uma singela homenagem de um simples mortal que vem lhe acompanhando com os olhos durante esses dois últimos meses. Aceite esta mal traçada carta como parte de mim, para que eu possa estar ainda mais perto de você.

Mas, por favor, não vacile. Não derrape nas curvas dessa sinuosa estrada. Você percebeu que está sozinha nessa casa? Não se iluda, amiga, o mundo é traiçoeiro. E o destino tem pregado peças. Percebeu como as pessoas mais próximas de você tendem a ser eliminadas? Mas não foi por falta de aviso.

A primeira delas, Michelly, não parecia presente, de corpo e alma. Diana, você lembra que ela já havia dito que a tática dela seria ‘se fazer de coitadinha’? E você lembra que ela seguiu à risca? Não era boa companhia para você, menina.

Já Lucival... Ai, Diana, minha linda. Logo você, tão cabeça, tão mente aberta, foi se identificar com Lucival. Ele sempre se mostrou mais preocupado em reparar os outros, não parecia tão sincero, assim. Sorriso estampado, olhos abertos, língua afiada... Conseguia plantar intrigas nos lugares mais inimagináveis. E você caiu nessa, querida?

Natália já era mais leve. Inteligente, exigente, metódica... Mas tão insegura! Chorava quando certa, quando errada, quando meio termo. Ela era um pouco esquisitinha, mesmo... Mas não justifica você ter falado aquelas coisas para ela na última festa que ela passou na casa. Por quê?

Você pode muito bem ter assustado a menina, Diana. Esse seu texto desencanado, de mulher assediada por outras na balada, de quem não costuma se envolver tanto com suas parceiras... Isso pode ser até mal interpretado. Cuidado... Seja você mesma.

Sei que você mesmo já revelou que não pretende se envolver com ninguém na casa, já disse que ninguém faz o seu estilo. Óbvio. Seu estilo é único. Mas, precisa mesmo continuar brincando de beijar os outros na boca? Isso pode despertar os instintos mais primitivos... Pode machucar pessoas, também. Reflita.

Você está em um jogo que envolve pessoas, como você mesmo disse. Então, por que tanta defensiva? Por que escolher amizades? Viva. Curta. Deixe rolar. Se Fulana parece ‘filhinha da mamãe’ ou Beltrana se veste de forma promíscua, não importa. Não são pessoas? São pessoas que estão morando na mesma casa que você e, mesmo diferentes, possam ser amigas leais, se você deixar.

Depende de você, também. Não veja os outros como aliados. Ame, respeite... Você sabe o que é isso? Ou os preconceitos são tão latentes que faz você perder a visão?

Se alguém votar em você, não necessariamente, é um inimigo mortal. No mínimo, um adversário. Mas é um jogo individual, sua boba. Só haverá um vencedor. Todos ao redor são adversários, mas não enlouqueça por isso.

Adoro seus discursos feministas. Também admiro demais as mulheres. E você deve ter suas razões para querer ser tão auto-suficiente. Mas não construa grupos imaginários, em hipótese alguma. Ainda mais, usando fatores naturais, como o sexo, para defini-los. Você ousou em sugerir isso, no início, e veja só: seu grande aliado, agora, é um gay.

Pra que tanta precipitação? Pra que forçar a barra e tentar relacionamentos duradouros a essa altura do jogo? Se você estiver a fim do Wesley, esqueça, pois ele é do tipo micareteiro, e você não faz o estilo dele. Se está tentando fazer Maria e Wesley se acertarem, para se vingar de Maurício... Pare com isso, Diana, não banque a vingativa.

Se você estiver certa, perderia a razão. Se errada, se enterraria de vez. E não venha me dizer que não liga para o que os outros pensam, pois me lembro do seu choro no primeiro paredão.

Agora, você diz confiar apenas no Daniel e, TALVEZ, na Maria, TALVEZ, no Wesley, e TALVEZ na Paulinha. Mas, quando na posse de um colar de anjo, você nem cogitou imunizar Paulinha, que estava de fato ameaçada de ir ao paredão. Por que ELA deveria estar á sua disposição, se você não gosta dela.

Não gosta, não acredita, questiona, tortura com os olhos, debocha... Mas, na hora de decidirem um voto, no episódio do Quarto do Terror, você jogou a responsabilidade para ela, e a culpou por ter pressionado você. Isso não se faz... Mas, agora, que ele ganhou a liderança, você faz tanta questão de ser amiga dela? Ai, ai, ai, Diana...

Aplaudir quem vota em você, traçar planos de vingança, se aliar a quem você tem ressalvas, falar mal dos outros pelas costas... Fazer intrigas, forçar situações... Diana, deixe as pessoas viverem e viva a sua vida. Você não quer ser respeitada? Então, respeite!

Você parece tão coerente, tão inteligente, mas caiu na lábia da Talula, e ia ser a terceira pessoa a imunizá-la no jogo? Diana, o que está acontecendo com você. Você viu o que o Bial falou sobre Talula? Ela se escondeu no jogo. Será que ela gostava e se importava mesmo com você? Ouso em ser indelicado e lembrá-la que Talula já havia falado mal de você pelas costas, porque você passava a maior parte do tempo na outra casa. Ainda bem que você veio com aquela conversa de que só votaria nela em último caso: isso fez ela 'gostar' de você.

Por fim, Daniel parece um bom aliado: ele é forte. Não sei até que ponto é bom você condená-lo por excessos cometidos em festas. Aqui fora, isso está sendo visto com bons olhos. Agora, que ninguém nos ouça, mas não olhe esse aliado como ressalvas. Eu percebi que você se espantou em saber que ele fica com 70% da aposentadoria das velhinhas do abrigo. Minha linda, não julgue, não aponte, não questione. Ele é seu aliado e ponto.

E mais... Essa nova versão do quadro 'tricotando' não tem graça nenhuma. 'Trocotando com Dadí' não tem cara de quadro humorístico. Invente outra. Esse fuxico malicioso não faz bem à pele.

Apesar desse puxão de orelha, eu lhe digo: você é uma das favoritas, mas, da mesma forma que você pode prejudicar outras pessoas, sem saber, quem está do seu lado também pode prejudicá-la. Fica a dica.

Por fim, dê lembranças ao seu ego.

Atenciosamente,
Seu João.

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