terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

TENÓRIO GARCIA COMENTA - nº2

Diário de Bordo, nº2
1º de Fevereiro de 2011

Olá! Estou aqui tomando espaço deste blog, pela segunda vez, para escrever sobre uma das coisas que odeio. Na verdade, o Seu João, o dono do Blog, adora a minha capacidade de odiar as coisas, e me pediu para eu dissertar sobre algo que odeio.

O curioso foi que ele pediu isso por telefone e, enquanto me passava as coordenadas, minha campainha soou desesperadamente e irritantemente. Ainda aparentemente calmo, fui ver quem era o infeliz, e descobri se tratar de uma prima, com seu filho. Ela veio me visitar, tomar um café ou sei lá o que comigo. Tocante, não?

Uma ova! Ela não tinha sequer perguntado se eu queria a presença dela. Agradável surpresa? Nem morto! Eu queria passar a tarde de domingo numa boa, ouvindo música, só de cueca. Pretendia sair no final da tarde e ir até o cinema do bairro. Depois, voltar pra casa e descansar, mais uma vez, de cueca. Mas, não... Tudo foi por água abaixo. Por conta de uma agradável surpresa? Não! Por conta de uma desagradável visita.

Foi então que decidi escrever sobre uma das coisas que mais odeio nessa vida: receber visitas. Já conheci todo o tipo de visitas e, pasmem, a imensa maioria delas são do tipo inconvenientes, que ainda esperam que você estenda um tapete vermelho para elas.

Já teve casos de a visita ligar na véspera, no dia, ou, como no citado caso, nem ligar pra avisar. Já teve casos em que a visita organizava um evento na minha casa e, aparentemente, eu era o último a saber. E quando pedem para eu buscá-las, seja na rodoviária, ou em sua casas? Não dá para falar algo animador a respeito disso.

Já perdi horas ao telefone, explicando pra algum infeliz o que ele tem que fazer pra chegar à minha casa. Nem se eu morasse em Saturno, seria tão complicado descrever um mapa do trajeto para a minha casa.

Uma coisa que aprendi a não dizer para uma visita é “fique à vontade”. Mesmo sem você dizer, elas ficam. Mexem nas suas coisas, se apoderam da sua sala, da sua cozinha. E, no final, ainda saem falando, pelas costas, sobre o que você tem ou não tem em casa. Escrevem manuais para assaltantes e seqüestradores.

E quando vêm com crianças? É impressionante como as crianças de hoje são mal educadas. A ponto de interromper uma conversa de adultos e não levar advertência por isso. Correm pela sala, bagunçam qualquer cômodo que visitarem. E gritam. Nossa, como essas pestes gritam. Futuramente, se houver um concurso para novo vocalista do Iron Maiden, acho que vai dar empate.

Na visita desse domingo, o filho da minha prima gritou tanto, enquanto corria pelo quintal, que morri de medo de a polícia bater à minha porta. Foi irritante. Eu estava quase mandando o moleque calar a boca, mas de um jeito tão exacerbado, que seria capaz do garoto se emudecer pra sempre.

Deu vontade, também, de mandar a mãe dele calar a boca. Só assunto estúpido. Fulano morreu, Beltrano casou, Cicrano se mudou. E o foda-se? O que aconteceu com ele? Não é brincadeira, não... Eu estava quase espumando pela boca, ouvindo aquelas ladainhas de sempre. Que se dane a vida dos outros. Deus me colocou nesse mundo para eu viver a minha vida e ponto.

Odeio visitas que chegam falando alto. Odeio visitas que impõem seu estilo de vida na minha casa. E, nossa... como odeio visitas que vêm para passar um dia, e acabam passando um mês. Que vontade de esganar esses infelizes! O problema nem é se ajudam, ou não com a despesa... Bem, esse também é um problema. Mas, muitas visitas, não ajudam com nada, e ainda mudam a sua rotina. Deixam de ser visitas e passam a ser hóspedes e, mesmo assim, não honram à moradia.

Quero que se danem todas as pessoas inconvenientes do mundo. Pessoas que gostam de incomodar os outros, que impõem sua merda de estilo de vida na casa dos outros. Que se danem elas, os pais delas e os filhos delas que, mesmo não tendo tanta culpa assim, sei que vão crescer e ir pelo mesmo caminho. Assim, por antecipação, que se danem.

E que se dane se você é uma delas, também. Gosta de bater cartão na casa dos outros? Pois vou te recomendar um amigo que adora receber visitas na casa dele. O nome dele é Caralho.

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