quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

JOGOS BOÇAIS XI – EPISÓDIO 4

O "Clube da Calcinha Suja" usa o feminismo
no intuito de combater o machismo
Episódio crucial para o andamento desta temporada. Surpresas, revelações, reviravoltas... A chance de Bonisaw incrementar seus Jogos Boçais estava nítida. Sem essa de sabotador, de paredões surpresa, ou qualquer intervenção do gênero. O foco era outro.

Mas nem tudo são flores. Os novos personagens parecem não ter emplacado. Ardiana ainda não se apresentou para o público e, de quebra, conquistou a antipatia das demais mulheres, pelo simples fato de existir. Já Urinésley... Um parágrafo à parte.

Desde o momento que ele entrou no albergue, Vemaria, que já não chorava pela morte de Maudício, não poupou elogios ao jovem doutor sarado. Coisas do tipo “loiro, de olhos claros, com um corpão” eram ditas deliberadamente. E os olhares, as intenções... Urinésley já nem sabia mais porque estava lá: só pensava em dar uma gratinada na moça. Vemaria provocava, mas não ia até o fim, deixando o rapaz com as calças na mão. Até ciúmes a moça sentia desse forasteiro, e não ia demorar muito para que surgisse um novo casal. No fim, nem Vemaria honrava o compromisso que ela estabeleceu com o Maudício, nem Urinésley ligava para o que aconteceu ou deixou de acontecer com o antigo casal.

Embora Bonisaw até tentasse investir nesse novo casal, o grande destaque do episódio era outro. Estou me referindo à fundação do Clube da Calcinha Suja, presidido por Tamula, tendo Jaquelinda como vice-presidente e Biana como consultora para assuntos feministas.

Eu sei que os amantes da série já viram esse enredo em outras temporadas, quando as mulheres atacavam os homens no jogo, sob o pretexto de se defender. Nunca deu certo. Claro: a competição entre elas sempre falou mais alto. Mas as pobrezinhas ainda acreditam nessa balela.

Só que, nesta temporada, essa ideologia veio com força total. Tamula é a manipuladora, capaz de fazer com que os outros matem os próprios pais em nome do jogo. Jaquelinda é sua cara-metade, mas ainda não chega ao status de vilã por excelência, por ser, na verdade, a grande manipulada desta história. Biana é aquela que convence o público, pois se sai bem com as palavras e não parece tão radical quando levanta uma bandeira (embora seja radical ao extremo). Os agregados Dandoel e Vemaria são apenas soldadinhos e, provavelmente, serão os primeiros a ser sacrificados pela diretoria.

Acontece que essa filosofia se torna tão gritante, mesmo quando não assumida: Tamula elegeu Cristiânus como o mais forte da outra Casa, ignorando a valente Najália. Por quê? Outra coisa estranha é o fato de todos terem passado a semana criticando a postura do Dibobo, mas, nem por isso, cogitarem votar nele. O que só leva a crer uma coisa: Tamula dita as regras do clubinho.

Confesso que até admito a combinação de votos, mas em último caso. Na verdade, os Jogos Boçais funcionam da seguinte forma: existe o lado pessoal, e o lado competitivo. Os dois lados estão interligados, mas, a espontaneidade deve sempre prevalecer. Afinal de contas, o grande jogador, o público, torce pela espontaneidade.

Vou explicar de uma maneira mais detalhada. Existe a história da afinidade, ou seja, as pessoas estão expostas a estabelecer laços de proximidade durante o confinamento. Inconscientemente, a afinidade se torna aliança. A proteção acontece, da forma mais espontânea possível. E, nesse caso, a combinação por defesa, quando justificada, é até viável.

Mas isso não ocorre nesta edição de “Jogos Boçais”. Tamula, Jaquelinda e Vemaria são um grupo, e Biana e Najália são uma dupla. Tamula e Jaquelinda não são muito admiradoras de Biana, e viviam questionando a loirinha pelos cantos, até ela garantir que não vota em ninguém do grupo delas. Mas, mesmo assim, a afinidade de Biana e Najália com o trio não são lá convincentes.

Mesmo assim, Jaquelinda, eleita a líder da semana, se propôs em votar em Ardiana, a novata (mesmo sendo mulher, ela, ao contrário do novato Urinésley, não era do grupo dela). E, segundo os planos da Tamula, Cristiânus foi o eleito e seria voltado pelo resto da casa.

Na votação (desta vez, integralmente secreta), todos só souberam no momento do voto que Ardiana e Urinésley estavam imunes. Foi o mico do ano. Jaquelinda, não podendo votar em quem queria, seguiu o voto do clubinho e quem ia votar conforme o combinado teve que improvisar. No improviso, optaram pelo inexpressivo Podrigão, mais uma vez premiado com sete votos.

Eis que ocorre a intervenção crucial de Bonisaw: Maudício volta ao jogo, ressurgindo das cinzas, com a missão de dar um basta no chamego de Vemaria. A moça praticamente endoideceu, enquanto Urinésley não sabia onde enfiar sua cabeça loirinha. Após frustradas explicações de Vemaria, e coleta de informações do Clube da Cueca Freiada (Cristiânus, Podrigão e Dibobo), Maudício demonstrou estar de volta para “causar”. Só se esqueceu de dizer que, na verdade, está mais incomodado com o fato de Vemaria ter sido garota de programa, do que com todo esse rolo com o Urinésley. Ah, outra "coisa" que incomoda o Maudício é a Najália, que o indicara ao paredão.

Sendo assim, ele prometeu vingar os sete votos sofridos por Podrigão, prometeu vingar a indicação de Najália, e prometeu dar um basta no Clube da Calcinha Suja. Nisso, recebe o apoio dos comparsas e aguardam apreensivos para o próximo paredão.

Embora a imatura Vemaria continuava protagonizando cenas tão patéticas que não cabem nem em “Malhação” (inclusive tentando se eximir de culpa, e jogando a responsabilidade toda para Urinésley),  as demais mulheres demonstram certo medo de Maudício, por, talvez, ele ser forte, ou algo assim.

A mais assustada, Najália, provou isso. Na tradicional brincadeira de segunda, ela foi eleita a mais falsa da casa e, como “prêmio” optou em fazer duas trocas: trouxe Biana para seu ladinho, e levou Podrigão para a outra casa. Além disso, trouxe o “bola da vez” Maudício para sua casa, despachando Dibobo de lá.

Mas Dibobo, como sempre, teve que querer se destacar. Sua implicância com Paulada, a quem ele chama de falsa, quase chegou às vias de fato, quando ele disse horrores á moça, numa disputa de quem gritava mais alto. Teve que tomar uma lição de moral da articulada Biana para pensar bem e tentar salvar sua pele, pedindo desculpas, e até dormindo com a “falsa” em questão.

No final do episódio, Cristiânus foi eliminado. Embora Podrigão fosse um personagem dos mais discretos, nem um nem outro andava acrescentando algo na temporada. Mesmo assim, muitas pessoas que estão lá deveriam ser eliminadas antes deles.

PS.: Sei que, nos Jogos Boçais, não existe herói, nem vilão... Só que, nesta temporada, parece que existem, sim, mas apenas os vilões, deixando a série um pouco sem sentido.

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