sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

X-MERDA ORIGENS: TALULA

Talula tinha tudo pra não ser nada nesse Big Brother. Modelo e narcisista, ela poderia ir se escorando nos outros durante o jogo e, quem sabe, chegar à final, conquistando o honroso segundo lugar.

De cara, conseguiu emplacar um namoro, com o também modelo (e também narcisista) Rodrigo. Seu jogo se desenhava dessa forma, e nada de interessante acontecia em sua estadia. Nada de interessante acontecia na casa.

E parece que ela havia percebido esse marasmo. Como num passe de mágica, a menininha bonitinha se transformou numa megera, e passou a sustentar o fardo de ser a vilã desta edição do Big Brother. Mas até que esse fardo não parece pesar muito.

Talula joga sozinho, mas usa as pessoas ao redor. Não vou descrever sua personalidade, nem falar do quanto ela vive pelos cantos metendo a bronca no mundo artístico, o mundo promiscuo que ela fala. Por falar em promiscuidade, também não vou mencionar a aproximação dela com o Diogo por mero interesse. Tanto interesse que até a fez ignorar o namorado para participar do show do gago que, pra ela, é o grande favorito. Não vou falar nada disso, hein.

Mas vou falar do jogo. Sim, respeitável público. Não vamos esquecer que aquela bagaça lá é um jogo. Não tem cara de jogo, não tem cheiro de jogo, mas é um jogo. Só que não é um jogo de estratégia. Quem acha que Big Brother é jogo de xadrez nunca jogou xadrez na vida.

Big Brother é um jogo de convivência, jogo de comportamento, jogo de atitudes... Jogo de coerência. E a combinação de votos, na maioria das vezes, esquece o fator coerência em prol do fator conveniência.

Por exemplo, a máxima “mulher não vota em mulher”, volta e meia presente nas outras edições, parece chegar com força total. Mais uma idiotice sem sentido. Até porque o grande inimigo das mulheres é justamente o público feminino, o público que mais vota em reality. Até posso apostar que, se Talula fosse homem, seu índice de rejeição seria menor. Se fosse homem bonito, então...

Mesmo assim, ocorre que, num jogo monótono, as atitudes de Talula geram aplausos. Essas mesmas atitudes foram bastante criticadas em outras edições, ou até em outros realities, mas, agora, parece que as pessoas têm a justificativa na ponta da língua.

A maior justificativa dos ingênuos admiradores diz que qualquer combinação de votos é válida, e faz parte do jogo. Concordo em parte. Essa combinação de votos deliberada só tende a atrapalhar o andamento do jogo. Por exemplo, muita gente merecedora de voto não vai ser votada, e vamos viver a amargura dos paredões sem graça.

Outra justificativa é a defesa. Defesa ou ataque? É fato que o Lado A não vota no Lado B e vice-versa... Mas eu só vejo combinação de votos de um lado. O lado que não tem culpa de ter ganho a maioria das provas de comida, ter conquistado importantes lideranças... O que eu quero dizer é que os paredões não foram formados de forma injusta. Mas, na maioria das vezes, o eliminado pertencia ao Lado B. Se alguém tem culpa disso, deve ser o público, né? Declarem guerra ao público, então.

Mas, voltando... O fato é que Talula morre de medo do paredão. Isso não é atitude de jogadora inteligente. Talula fala muito pelas costas, mas não costuma bater de frente, bancando a política (embora questione a politicagem dos outros). Ou seja, faz um jogo covarde e burro, manipulando seu grupo e, consequentemente, prejudicando cada integrante. E, no final, diz que isso é “uma estratégia de equipe”. Isso cola?

Bem... Tem colado, sim. Há quem idolatre a atitude da moça. Pessoas que estão naquele lance que falei: “o jogo do xadrez”. Só que, a maioria, detesta manipulação. Detesta perseguição. Detesta covardia. Detesta que uma pessoa receba mais de 80% dos votos da casa, ao menos que essa pessoa tenha feito algo que fizesse jus a esse massacre.

Pois é. Não adianta chamar o jogo totalmente pra si, pois o público é o grande jogador. É o público quem decide quem vai ficar ou quem vai sair. E isso não ocorre no jogo de xadrez.

Isso me lembra uma certa Tessália, que acreditava que tinha que entrar pra jogar pesado. Deu no que deu.

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