segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

... E VAMOS AO JOGO!

Os Vencedores das Dez Edições do Programa
 
A nova edição do Big Brother Brasil nem começou e já esta dando o que falar.  A polêmica começou há alguns meses, quando o diretor da atração escreveu, em seu Twitter, que, nesta edição, estaria liberada a pancadaria. Isso mesmo, galera, os participantes poderão surrar uns aos outros. Só não poderão surrar o diretor.

Em se tratando do país do falso moralismo, muitos entenderam essa liberação como uma espécie de “apologia à violência”, ou algo assim. Indignados, muitos internautas protestaram, de uma maneira que não costumam protestar diante de motivos mais relevantes. Dá-lhe, Brasil!

Houve, inclusive, quem dissesse que essa polêmica era um artifício do diretor da atração para desviar os holofotes do reality concorrente, ou seja, a “Fazenda” da Record. Sei, como se precisassem disso para desqualificar a piada que foi aquele programa.

Mas o que eu lembro é que, diante de tamanha repercussão e, inclusive, diante de manifestação por parte da imprensa especializada (Hahahah), a emissora desmentiu aquele fato, dando a entender que tudo não passava de uma “pegadinha do Boninho”.

Porém, ás vésperas do início do programa, o boato volta a ganhar força, e novas manifestações indignadas (e, algumas delas, até indignas de tão indignantes) passaram a se espalhar, feito epidemia. E ai de quem se manifestar imparcial diante disso. Ai, ai, as pessoas são tão complicadas...

Na verdade, para mim, não faz muita diferença se liberarem a pancadaria ou não. Não é vida real? Aqui fora, funciona da mesma forma. Se eu esmurrasse meu vizinho no réveillon, por exemplo, eu não seria eliminado de jogo algum. Mas teria que estar pronto para arcar com as conseqüências.

Parece que as pessoas andam muito encanadas com esse lance de arcar com as conseqüências: Se eu tenho alguma espécie de preconceito, mereço ser punido, mas, se eu exteriorizar minha ignorância e prejudicar alguém... Bem, aí podemos conversar. Pode parecer louco, mas esse parece ser o lema do “politicamente correto”.

Essa mania das pessoas jogarem a sujeira pra debaixo do tapete, e a responsabilidade para cima dos outros me irrita. E nem me venham com argumentos de que crianças assistem, e que isso é imoral e blá blá blá. Já passou da hora do pessoal parar de jogar para a televisão a responsabilidade de educar os filhos.

Um ponto positivo para o jogo é que, a figura do participante provocador, mas que, na hora H, se esconde com o regulamento debaixo do braço, vai acabar. Eu me lembro de alguns que usaram esse artifício: vou provocar; se eu apanhar, ele vai ser eliminado e fico no lucro; se ele me contra-argumentar, eu choro e me faço de coitadinho. Patético, mas real.

Mas ainda não acredito nessa liberação: nesses casos, a opinião pública ainda vale, mesmo não significando nada. E só me resta esperar e torcer para ser um programa, no mínimo, interessante.

Sobre outras polêmicas, sobre orientações sexuais de participantes, ocupações profissionais e, enfim, coisas que ainda geram discussões e assunto para colunas de jornal... Eu só lamento, nada mais.

Há quem confunda homossexualidade com promiscuidade, e ainda ganha dinheiro pra escrever sobre isso. Mas não dou IBOPE pra esse tipo de coisa. No BBB passado, deu no que deu: um circo armado que não deu em nada; tanta discussão sem desfecho algum.

Quanto aos novos participantes, desejo sorte e juízo (principalmente após o programa). Que saibam aproveitar o pseudo-prestígio e saibam investir o dinheiro que ganharem, sem precisar mendigar oportunidades televisivas em troca de centavos.

Oremos.

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