quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

DESCONTO DE NATAL

Todos os anos, milhões de crianças do mundo inteiro costumam escrever cartas endereçadas ao Papai Noel. Inclusive, claro aqui no Brasil, o povo mais “pidão” do mundo.

Certo ano, os funcionários dos Correios de uma cidade decidiram sortear uma dessas cartas, preferencialmente escrita por uma criança que morasse na região mais pobre da cidade.

Às vésperas do Natal, todos os funcionários se reuniram e, formalmente, fizeram o sorteio. A carta escolhida era de um menino chamado Pedrinho, de seis anos de idade, e o conteúdo da mesma comoveu a todos:

“Querido Papai Noel,

Meu nome é Pedrinho e tenho seis anos. Eu gostaria de aproveitar esta cartinha para pedir algo diferente.

Neste Natal, eu não peço nenhum brinquedo. Não precisa mais se preocupar em me dar aquela bicicleta que pedi ano passado.

Acontece que mamãe está muito doente, e não temos dinheiro para comprar o remédio dela. Tudo que eu queria neste Natal era que ela ficasse boa logo mas, sem o remédio, ela pode morrer. Eu amo muito minha mãezinha querida e não quero que ela morra. Por favor, Papai Noel, me ajude! Eu fui um bom menino o ano inteiro, e sempre estive do lado da mamãe, até quando ela esteve internada.

O remédio custa 250 reais e não temos como pagar. Papai está desempregado e, algumas vezes, eu vejo ele chorando sozinho pelos cantos. Portanto, se ler esta cartinha, saiba que tudo que mais quero na vida é que minha mãe fique boa, para que eu possa voltar a sorrir.

Pedrinho."

Após a carta ser lida, a emoção tomou conta de todos os presentes: muitas lágrimas e muitas lamentações dominaram aquele lugar. Até que um funcionário teve uma feliz ideia:
 - Gente... E se nós fizermos uma "vaquinha" e mandássemos o dinheiro para o menino? Tadinho, a mãe dele deve estar bem doente. Imagine, ele só tem seis anos e... - o funcionário é interrompido pelo pranto.Mas a ideia dele foi aceita com unanimidade: Naquele instante, todos os envolvidos começaram a abrir suas respectivas carteiras e foram colocando notas de dinheiro sobre a mesa. Notas de cinqüenta, de dez, de cinco e até de dois reais.  


Ao final, fizeram a contagem e, pasmem: faltavam 10 reais.


- Mas o remédio custa 250 reais e só conseguimos 240... - lamentou um funcionário.


- Pelo menos, já adiantaria muito para esta família. - amenizou o carteiro mais otimista.


E assim foi: colocaram o dinheiro em um envelope e endereçaram ao menino. Aliviados, os funcionários voltaram, para sua casa, felizes e orgulhosos pela boa ação. O espírito natalino estava com todos eles naquele ano.


Para surpresa de todos, dias após o Natal, eis que o menino manda outra carta endereçada ao Papai Noel.


- Uma carta de agradecimento! - gritou um funcionário pelos corredores.


Todos os envolvidos na boa ação de Natal se reuniram novamente para a leitura da nova cartinha. Um funcionário, orgulhoso e sorridente, fez a leitura da mesma:


“Querido Papai Noel,

Gostaria de agradecer ao senhor, de todo o coração, pelo dinheiro que me mandou de presente de Natal. Foi o melhor presente que eu recebi na vida!

Compramos o remédio e mamãe está sendo medicada. Está bem disposta e feliz. Meu pai não tem chorado mais, e eu voltei a ter vontade de brincar.

Muito obrigado mesmo, e nem precisa mais me trazer a bicicleta. Você me deu tudo o que eu queria. Muito obrigado!

Pedrinho.

PS.: Da próxima vez que quiser me entregar algum dinheiro, entregue pessoalmente, pois o filho da puta do carteiro me roubou dez reais!"

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